EUA irá impor novas sanções ao Irã e espera o mesmo de aliados
Na madrugada de sábado para domingo passados, o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones não tripulados
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (16), que imporá novas sanções ao programa de mísseis e drones do Irã após seu ataque no fim de semana contra Israel e afirmou que espera medidas semelhantes de seus parceiros e aliados.
"Nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções dirigidas ao Irã, incluído seu programa de mísseis e drones", assim como contra a Guarda Revolucionária e o Ministério da Defesa iranianos, anunciou, em um comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
"Antecipamos que nossos aliados e parceiros em breve nos seguirão e aplicarão suas próprias sanções", acrescentou.
"Essas novas sanções e outras medidas continuarão com um ritmo constante de pressão para conter e degradar a capacidade e eficácia militar do Irã e enfrentar todas as suas condutas prejudiciais", Sullivan.
Na madrugada de sábado para domingo passados, o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones não tripulados contra o território israelense, no que qualificou de represália por um bombardeio que destruiu seu consulado em Damasco e que Teerã atribuiu a Israel.
A maioria dos projéteis iranianos foi interceptada e foram registrados apenas danos.
O anúncio de Sullivan ocorre depois de a secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, antecipar que são preparadas sanções e de o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmar que seu gabinete trabalha nisso.
Washington já recorreu a sanções econômicas para neutralizar as atividades do Irã, apontando a seus programas de drones e mísseis, assim como ao seu financiamento de grupos pró-iranianos, como o movimento islamista palestino Hamas, que lançou um ataque contra Israel em 7 de outubro.
Os mais de seis meses de guerra entre Israel e Hamas em Gaza desencadearam uma onda de violência no Oriente Médio, da qual participam estes aliados do Irã, que dizem agir em apoio aos palestinos.