Caso Henry

STF analisa pedido de prisão domiciliar para Monique Medeiros, que diz sofrer de depressão

Professora está presa desde julho, por determinação de Gilmar Mendes, que irá analisar solicitação

Monique Medeiros foi presa em 8 de abril de 2021 - Divulgação

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai analisar um pedido da professora Monique Medeiros para ir para a prisão domiciliar. Monique está presa pela suspeita de tortura e homicídio contra o filho, Henry Borel Medeiros, de quatro anos. Ela relatou a uma psicóloga do presídio que sofre de depressão.

Em julho do ano passado, Gilmar determinou o retorno de Monique à prisão. Em setembro, a defesa solicitou que ela fosse enviada para a prisão domiciliar, porque estaria sofrendo ameaças. O ministro do STF, então, solicitou que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro apresentasse informações sobre o estado dela.

Em ofício enviado na terça-feira ao STF, a Seap afirma que Monique está em uma cela separada de outras presas, "sendo preservado o direito à integridade física e moral". Ela também tem direito a atividades como banho de sol e atendimento religioso em horários diferentes de outras detentas. A professora está detida no presídio Talavera Bruce.

Nas informações enviadas ao STF também consta um parecer psicológico, que relata que Monique "queixa-se de depressão e do luto pelo filho" e solicitou acompanhamento psicológico. A psicóloga afirma que professora "apresentou-se lúcida e orientada" e "postura cooperativa".

Após o recebimentos das informações, Gilmar Mendes ainda pode pedir um parecer para a Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar uma decisão sobre o pedido.