STF analisa pedido de prisão domiciliar para Monique Medeiros, que diz sofrer de depressão
Professora está presa desde julho, por determinação de Gilmar Mendes, que irá analisar solicitação
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai analisar um pedido da professora Monique Medeiros para ir para a prisão domiciliar. Monique está presa pela suspeita de tortura e homicídio contra o filho, Henry Borel Medeiros, de quatro anos. Ela relatou a uma psicóloga do presídio que sofre de depressão.
Em julho do ano passado, Gilmar determinou o retorno de Monique à prisão. Em setembro, a defesa solicitou que ela fosse enviada para a prisão domiciliar, porque estaria sofrendo ameaças. O ministro do STF, então, solicitou que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro apresentasse informações sobre o estado dela.
Em ofício enviado na terça-feira ao STF, a Seap afirma que Monique está em uma cela separada de outras presas, "sendo preservado o direito à integridade física e moral". Ela também tem direito a atividades como banho de sol e atendimento religioso em horários diferentes de outras detentas. A professora está detida no presídio Talavera Bruce.
Nas informações enviadas ao STF também consta um parecer psicológico, que relata que Monique "queixa-se de depressão e do luto pelo filho" e solicitou acompanhamento psicológico. A psicóloga afirma que professora "apresentou-se lúcida e orientada" e "postura cooperativa".
Após o recebimentos das informações, Gilmar Mendes ainda pode pedir um parecer para a Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar uma decisão sobre o pedido.