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Decisão sobre dividendos extraordinários é do governo, diz Petrobras

Jean Paul Prates, presidente da estatal, disse que tema não está na pauta da reunião do Conselho de Administração, marcada para sexta-feira

Crise dos dividendos começou quando os representantes da União no Conselho proibiram a distribuição dos dividendos com o argumento de elevar os investimentos - Arquivo/Agência Brasil

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que a possibilidade de distribuição dos dividendos extraordinários, de R$ 43,9 bilhões, é uma decisão do governo. Lembrou ainda que o tema não está na pauta de reunião do Conselho de Administração da estatal, marcada para essa sexta-feira.

- A diretoria já tomou sua decisão. Fizemos a proposta, que está tecnicamente respaldada (de distribuir metade dos recursos). O governo vai orientar os membros do Conselho de Administração. Não está na pauta da próxima reunião do Conselho. Provavelmente, o tema pode ser deliberado durante a assembleia geral de acionistas (no dia 25 de abril) ou depois da assembleia - disse Prates, ao ser questionado por jornalistas.

Perguntado se o governo poderia pedir a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários, Prates disse que "tudo pode":

- Tudo pode. Não tem empecilho. Todo o dinheiro está na conta da reserva de dividendos, no caixa da empresa. Estou evitando comentar o que se diz. Foram duas semanas de fontes do Planalto, de assessores. Eu, quando falo, boto minha assinatura.

A crise dos dividendos começou quando os representantes da União no Conselho, indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Padilha, proibiram a distribuição dos dividendos com o argumento de elevar os investimentos, o que é vedado pela lei.

Dias depois, segundo fontes, o governo voltou atrás e decidiu distribuir os dividendos. Dentro do governo, há duas possibilidades em estudo: distribuir 50% ou 100% dos recursos.