Futebol

"Sou contra", diz Mazola sobre punição que fará Náutico jogar de portões fechados na estreia da C

Timbu encara o São Bernardo, nos Aflitos, se a presença do público por conta de pena aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva

Mazola Júnior, técnico do Náutico - Gabriel França/CNC

O técnico Mazola Júnior não escondeu o descontentamento com o fato de o Náutico estrear na Série C do Campeonato Brasileiro, domingo (21), contra o São Bernardo, nos Aflitos, de portões fechados. Isso acontecerá por conta de uma punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido à confusão envolvendo torcedores alvirrubros e do Confiança, no Batistão, no encontro entre as equipes, em junho de 2023, pela edição anterior do torneio.

“Vai ser um jogo dificílimo, não tendo o nosso torcedor. Podem esperar um jogo do mesmo nível competitivo dos últimos dois, contra Sport e Bahia. Eu sempre fui contra o clube ser punido por esse tipo de situação. Até porque 90% dos jogadores que estavam naquele jogo não estão mais. Seria sensacional se os Aflitos tivessem público no domingo. Seria o 18º, 19º jogador porque jogaríamos por seis. Isso (punição) precisa ser revisto urgentemente. Em contrapartida, a punição para os desordeiros tem de ser muito maior. Ela está sendo branda para pessoas que causam um rombo no orçamento do clube”, lamentou.

Vale citar que no segundo jogo como mandante na Série C, contra o Ypiranga-RS, o Náutico estará de portões abertos apenas para a entrada gratuita de mulheres, crianças e pessoas com deficiência (PcD).

Preparação

O treinador também analisou o trabalho feito no clube nos dias livres de jogos que teve, após o fim do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, para preparar o elenco para a Série C. Na avaliação de Mazola, os alvirrubros poderão esperar uma equipe bem diferente da que foi vista sob o comando do treinador Allan Aal no início de 2024. 

“Nosso trabalho começou faz uma semana na realidade. Percebemos uma reação rápida de mentalidade e do estilo de jogo. Já deu para eles (jogadores) perceberem que vamos ter de jogar diferente. O treinador é outro, a forma de entender o jogo é outra e vamos procurar condicioná-los para realizar tudo que vamos pedir”, apontou.

“Apresentamos nossa metodologia de treino. Níveis de intensidade, vertentes físicas e táticas. Mesmo os jogadores que me conheciam, eu senti que viram que eu vim com muita gana. Teremos um jogo mais direto, com a saída do goleiro mais à frente. Um time mais próximo e, com a bola chegando ao meio, será totalmente direto, buscando o gol adversário, seja com tabela, passe longo ou profundidade. Queremos estar a maior quantidade de vezes próximos à área adversária. É uma forma de pensar jogo muito diferente de Allan (Aal). Não digo que é melhor ou pior, mas diferente”, pontuou.