PF diz que investigados fizeram transmissões ao vivo no X mesmo com contas suspensas
Rede social alegou que não desbloqueou contas nem permitiu "lives"
A Polícia Federal (PF) afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que investigados no inquérito das milícias digitais conseguiram fazer transmissões ao vivo na rede social X (antigo Twitter) mesmo com suas contas suspensas por determinação judicial. De acordo com a PF, essas transmissões foram possíveis mesmo sem o uso de ferramentas que disfarçam a origem do sinal (VPN).
O ofício enviado a Moraes relata o uso tanto de transmissões nos perfis quanto de conversas entre vários deles, por meio da ferramenta do X chamado de Espaços (Spaces). Uma das pessoas que fizeram uso da prática foi o blogueiro Allan dos Santos, que já teve a prisão decretada pelo STF.
"A rede social X apesar de bloquear as postagens feitas e recebidas pelos investigados em seus canais, ao autorizar a transmissão de conteúdo ao vivo permitiu o uso de sua plataforma", afirmou a PF. "Identificou-se também que o recurso “Espaços” (Spaces) está sendo utilizados para permitir que usuários brasileiros da plataforma X possam interagir com pessoas que tiveram seus perfis bloqueados por decisão judicial", acrescenta o documento.
Já a rede social afirmou, em ofício enviado à PF, que não desbloqueou nenhuma conta sem decisão judicial e que também "não houve habilitação do recurso de transmissão ao vivo (live) relativamente às contas e perfis objeto das ordens de bloqueio ou suspensão".