sequestro coletivo

Mais de 110 pessoas são sequestradas por supostos jihadistas no Mali

Grupo estava em três ônibus, que foram parados e levados para uma floresta local

Comandante de alto escalão da Jihad Islâmica, Muhammad Jaber, é carregado nos ombros durante o cortejo fúnebre de palestinos mortos em um ataque israelense no campo de Nur Shams, na Cisjordânia - Zain JAAFAR/AFP

Mais de 110 civis foram sequestrados no Mali, por supostos jihadistas, afirmaram fontes locais à AFP, nesta segunda-feira (22). As pessoas foram capturadas em 16 de abril a bordo de três ônibus pelos jihadistas, que obrigaram os veículos e os passageiros a seguir para uma floresta entre as localidades de Bandiagara e Bankass, segundo um grupo de associações da região.

"Pedimos a libertação de mais de 110 passageiros de três ônibus sequestrados na terça-feira por jihadistas", declarou Oumar Ongoiba, membro do grupo de associações.

"Os três ônibus e os passageiros, mais de 120, ainda estão sob poder dos jihadistas", afirmou um representante da localidade Bandiagara, que pediu anonimato por motivos de segurança.

No dia 16 de abril, o mesmo grupo de associações de Bandiagara publicou um comunicado em que denunciava a "persistência dos ataques terroristas, o número crescente de deslocados" nas aglomerações e a "inação das Forças Armadas" na região, sem mencionar o sequestro.

Desde 2012, o Mali é cenário de ações de grupos vinculados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, de violência executada por grupos de autodefesa e por bandidos. Além da crise de segurança, o país enfrenta outra crise humanitária e política.

A violência também afeta os vizinhos Burkina Faso e Níger, o que precipitou a ascensão ao poder de regimes militares após golpes de Estado nos três países.