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Musk rejeita ordem australiana para retirada de vídeo de ataque em Sydney

A Corte Federal australiana deu na segunda-feira o prazo de 24 horas à plataforma para retirar os vídeos em que um bispo assírio é esfaqueado

O empresário Elon Musk - Sergei Gapon/AFP

O empresário Elon Musk prometeu nesta terça-feira (23) que apresentará um recurso contra a ordem de um tribunal australiano para que a rede social X remova os vídeos de um recente esfaqueamento em uma igreja de Sydney.

A Corte Federal australiana deu na segunda-feira o prazo de 24 horas à plataforma para retirar os vídeos em que um bispo assírio é esfaqueado durante um ataque no subúrbio de Sydney.

A Comissão Australiana de eSegurança pediu a ordem judicial depois que o X ignorou os pedidos de remoção dos vídeos.

Musk criticou a comissão nesta terça-feira ao afirmar que o conteúdo já havia sido removido para os usuários da plataforma na Austrália.

"Já censuramos o conteúdo em questão para a Austrália, aguardando recurso legal, e está armazenado apenas em servidores nos Estados Unidos", postou Musk no X.

Ele considera que a Austrália tenta aplicar uma censura mundial.

"Nossa preocupação é que se QUALQUER país tiver permissão para censurar conteúdo para TODOS os países, que é o que o 'Comissário de eSegurança' australiano está exigindo, então o que impedirá qualquer país de controlar toda a Internet", acrescentou o empresário de maneira irônica.

A questão retornará ao tribunal esta semana e um juiz decidirá sobre uma eventual prorrogação da ordem temporária.

Em seguida acontecerá uma terceira audiência na qual a Comissão de eSegurança buscará uma ordem permanente para remover os vídeos e sanções civis contra a rede social X, disse um porta-voz à AFP.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, criticou Musk, que descreveu como um "bilionário arrogante que pensa que está acima da lei".

"A ideia de que alguém recorra ao tribunal para defender o direito de divulgar conteúdo violento em uma plataforma mostra o quão deslocado está o senhor Musk", disse Albanese ao canal público ABC.