BRINCADEIRA

Alckmin posta meme após cobrança de Lula para ser ''mais ágil'': ''Tenho dialogado todos os dias''

Na segunda-feira, o presidente fez novas cobranças aos ministros para melhorar diálogo com Congresso

Geraldo Alckmin - Rovena Rosa/Agência Brasil

Um dia após ser cobrado publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para "ser mais ágil" e melhorar as relações com o Congresso Nacional, o vice-presidente Geraldo Alckmin publicou um meme sobre o assunto (23), nesta terça-feira no X (antigo Twitter).

“O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”, diz mensagem em montagem do desenho animado Papa-Léguas com o rosto de Alckmin.



"Ele tem toda razão de cobrar de seu governo empenho para acelerar as negociações com o Congresso. Tenho dialogado todos os dias com parlamentares que estão nos ajudando a negociar a aprovação de projetos estruturantes. Somente este ano foram 52 reuniões, com 75 parlamentares", escreveu o vice-presidente na legenda da publicação.

Em solenidade no Palácio do Planalto nesta segunda, Lula fez novas cobranças aos ministros para reforçar o diálogo com o Legislativo e citou auxiliares com maior destaque na Esplanada para passar o recado de que é preciso insistir na aproximação. O petista chegou a dizer que o titular da Fazenda, Fernando Haddad, deveria "ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara".

Em café com jornalistas nesta manhã, o presidente minimizou a fala feita aos ministros palacianos. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou que o comentário foi "uma brincadeira".

O recado do presidente ocorre em um momento em que o modelo da interlocução entre os dois Poderes, liderada por Alexandre Padilha (Secretaria de Assuntos Institucionais), é atacada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de ser criticada internamente, até mesmo pelas bancadas do PT.

Para Lula, contudo, "não há crise":

— Todas as coisas vão ser aprovadas e todas as coisas serão acordadas, na medida do possível (...) com a participação obviamente da Casa Civil e do Ministro da Articulação Política. Isso vai acontecer, portanto, não tem nenhuma divergência que não possa ser superada.