Pernambuco recebe lançamento do programa Brasil Mais Produtivo na sede da Fiepe
O projeto coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) destina mais de R$ 2 bilhões para a produtividade e a transformação digital de micro, pequenas e médias empresas industriais brasileiras
Pernambuco recebeu, nesta quarta-feira (24), o lançamento do programa Brasil Mais Produtivo. O evento de divulgação aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), em Santo Amaro- área Central da cidade.
O projeto foi divulgado nacionalmente em novembro do ano passado e destina mais de R$ 2 bilhões para a produtividade e a transformação digital de micro, pequenas e médias empresas industriais brasileiras.
O Brasil Mais Produtivo é uma ação coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Sebrae, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Os recursos do programa tem como objetivo fomentar o engajamento digital de 200 mil indústrias em todo o Brasil, com atendimento presencial a 93 mil empresas até 2027.
Camila Barreto, diretora regional do Senai-PE, destacou os benefícios para as indústrias de micro e pequeno porte em Pernambuco com a adesão ao projeto.
“Vamos poder entrar e atuar em consultorias e treinamentos em busca do aumento da produtividade da indústria ou de eficiência energética e, num terceiro momento, um trabalho de transformação digital. A indústria que aderir a jornada do programa, vai ter acesso à muita informação e treinamento gratuito”, afirmou.
De acordo com a diretora, o Senai tem a expectativa de agregar 150 integrantes do Brasil Mais Produtivo de Pernambuco em 2024. A ideia é que esse número aumente no decorrer dos anos.
Segundo Murilo Guerra, superintendente do Sebrae-PE, a atuação da instituição acontece nos âmbitos da capacitação e consultoria. "É uma metodologia que o Sebrae utiliza através do ALI [Agente Local de Informação] e participa ativamente das empresas durante um período onde é possível identificar dificuldades de layout, entradas ou equipamentos".
Sede do lançamento do programa, a Fiepe tem um papel fundamental para os agentes de produção no Estado. O presidente da Federação, Ricardo Essinger, valorizou o Brasil Mais Produtivo. "Nós somos a Federação das Indústrias e é evidente que esse programa, dirigido diretamente à indústria, é de suma importância. Com um simples arranjo de melhoria no circuito dentro da fábrica, você consegue ter uma produtividade maior"
Como funciona o programa
A plataforma de produtividade, que serve como porta de entrada para as empresas participarem do programa, já entrou em operação. Nela, as empresas têm acesso gratuito a diagnóstico e estratégia de gestão, consultorias e trilhas de aperfeiçoamento profissional em manufatura enxuta ou eficiência energética.
O acesso para as inscrições das empresas se dá através do site brasilmaisprodutivo.mdic.gov.br. Passada essa primeira fase, o programa conta com outras três modalidades.
Diagnóstico e melhoria de gestão: 50 mil micro e pequenas empresas industriais receberão ações 100% gratuitas de inovação e melhoria da gestão com a metodologia ALI do Sebrae.
Otimização de processos industriais: 30 mil micro e pequenas indústrias e 3 mil médias indústrias receberão consultorias especializadas com subsídio de 70% a 100% e, ao mesmo tempo, a realização de assessoria em educação profissional gratuita para definição de trilhas de cursos de aperfeiçoamento profissional para os trabalhadores das empresas atendidas, com as metodologias do SENAI em manufatura enxuta e eficiência energética.
Transformação digital: 8,4 mil micro, pequenas e médias indústrias serão aplicados projetos de PD&I para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias que acelerem a adoção de tecnologias 4.0. Os projetos serão desenvolvidos por 360 novos provedores de soluções tecnológicas. Essa parte será subsidiada em 70% por FINEP e BNDES.