Blinken pede a EUA e China que administrem as suas diferenças de forma "responsável"
Secretário de Estado americano espera aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, defendeu nesta quinta-feira em Xangai a necessidade de gerir as diferenças entre Washington e Pequim “de forma responsável”.
- Temos a obrigação para com o nosso povo, e até para com o mundo, de gerir as relações entre os nossos dois países de forma responsável - disse Blinken na sua segunda viagem à China em menos de um ano.
O secretário de Estado chegou quarta-feira ao país com a missão de aumentar a pressão sobre Pequim em diversas questões, como a sua proximidade com a Rússia, preservando ao mesmo tempo a estabilidade nas relações sino-americanas.
- Acho importante destacar o valor, e sim a necessidade, de conversarmos uns com os outros, expormos as nossas diferenças, que são reais, procurando resolvê-las, disse.
Em Xangai, ele se encontrou com o chefe local do Partido Comunista Chinês, Chen Jining, e assistiu a um jogo de basquete entre dois times que têm jogadores americanos em seu elenco.
Chen deu as boas-vindas a Blinken, falando às vezes em inglês, e destacou a importância das empresas americanas na cidade, a capital financeira da China.
- Se escolhemos a cooperação ou o confronto, afeta o bem-estar de ambos os povos, de ambos os países e do futuro da humanidade - disse Chen.
O secretário de Estado viajará depois para Pequim, onde na sexta-feira tem encontros agendados com vários dirigentes do gigante asiático.
Blinken deve apelar à contenção em relação a Taiwan, que se prepara para empossar um novo presidente em maio, e levantar as preocupações dos EUA sobre as práticas comerciais chinesas, uma questão fundamental para o presidente Joe Biden num ano eleitoral.
As autoridades chinesas não anunciaram se Blinken se reunirá com o presidente Xi Jinping, embora durante a sua visita em junho passado os dois tenham mantido uma reunião de última hora.
O secretário de Estado espera também continuar a aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo, claramente em declínio desde a sua visita em junho e a reunião entre os presidentes Biden e Xi em novembro.