Saúde

O que é cirurgia ortognática, procedimento feito pela jovem que ficou em estado vegetativo

A estudante de medicina Larissa Moraes teve complicações após cirurgia na mandíbula

Larissa Moraes de Carvalho era aluna de Medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - Reprodução/Redes sociais

A estudante de medicina Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, está em estado vegetativo há um ano, após complicações em uma cirurgia ortognática. O procedimento foi realizado para corrigir alterações dos maxilares e mandíbulas. No entanto, Larissa passou mal depois da cirurgia e teve uma parada cardiorrespiratória.

Após a parada cardiorrespiratória, Larissa chegou a ser reanimada e ficou um mês no CTI, onde pegou pneumonia e infecção urinária. Depois foi transferida para um quarto, onde permaneceu até março deste ano. Em todo esse período, ela não voltou a ficar consciente. Há um mês, ela foi levada para casa e segue em tratamento domiciliar. A família busca entender o que levou a jovem ao estado vegetativo.

O que é a cirurgia ortognática?
Esta intervenção cirúrgica busca corrigir desalinhamentos nos ossos do rosto e nos dentes. Para além do apelo estético, pois ajuda a harmonizar a face, a cirurgia ortognática também melhora a qualidade de vida, principalmente ao facilitar a respiração e o sono. Essa é a mesma cirurgia à qual a adolescente Rafaela Justus, filha de Roberto Justus e Ticiane Pinheiro, foi submetida.

Além disso, ela varia de acordo com a abordagem dependendo da disfuncionalidade observada pelo cirurgião. São elas:

Assimetrias: maxilares tortos;

Atresia de maxila: mordida cruzada posterior ou maxilar estreito;

Retrognatismo: mandíbula pequena;

Prognatismo: mandíbula grande e/ou maxilar pequeno;

Disfunção da ATM (articulação temporo-mandibular).

Como ela é feita?
Toda a operação dura, em média, de 2 a 4 horas, e é realizada sob anestesia geral. O intervalo de tempo pode aumentar dependendo da complexidade do caso. O realinhamento por malformação é feito por meio do uso de materiais como serras, parafusos e placas de titânio.

Os riscos são os mesmos associados a outras cirurgias, como perda de sangue e infecções. Em geral, esse é considerado um procedimento seguro.