Após acordo, governo decide reajustar em 52% o auxílio-alimentação de servidores federais
Novo valor começa a ser pago em 1º de junho. Assistência à saúde e auxílio-creche também terão reajustes
O auxílio-alimentação dos servidores públicos federais terá um reajuste de 52% a partir do mês que vem, com pagamento em 1º de junho. Com a medida, o benefício passará de R$ 658 para R$ 1 mil.
O aumento é fruto de um acordo fechado, nesta quinta-feira (25), entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e entidades que representam a categoria. Segundo uma nota divulgada nesta tarde, no ano passado, os servidores foram contemplados com um reajuste de 43,6%, juntamente com uma elevação salarial linear de 9%.
No mesmo acordo, ficou acertado que haverá aumentos no auxílio-saúde, chamado assistência à saúde complementar per capita média, e no auxílio-creche. O primeiro caso, o valor, hoje de R$ 144,38, subirá para cerca de R$ 215. Já na assistência pré-escolar o benefício, de R$ 321, passará para R$ 484,90.
De acordo com o MGI, somente o aumento do auxílio-alimentação resulta em ganho de renda superior a 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos — que são os que recebem até R$ 9 mil mensais. Já os trabalhadores com as menores remunerações do serviço público federal que têm direito, simultaneamente, aos três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão um aumento na remuneração total que chega a 23%.
O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, destacou que a proposta do governo aprovada busca um grau de proporcionalidade que atue contra a disparidade existente na remuneração no serviço público federal. Ele enfatizou que a titular da pasta, Esther Dweck, esforçou-se para conseguir um espaço financeiro para os reajustes, apesar das restrições orçamentárias existentes.
— É preciso recordar que, em 2023, tivemos um reajuste de 9% para todos os servidores e servidoras, reajuste esse que tem impacto orçamentário e financeiro em 2024 — afirmou.
Feijóo reforçou o compromisso do governo federal com o diálogo permanente e com a valorização dos servidores públicos.
Destacou que, além dos reajustes nos benefícios, há o compromisso de serem implantadas, até julho, as discussões com todas as carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente. Atualmente são 18 mesas, sendo que dez já chegaram a acordos e oito estão em andamento.
— Este governo, diferente do governo anterior, reabriu democraticamente espaços para diálogo com o serviço público federal, espaços que durante sete anos passados não existiram— disse.