MERCADO FINANCEIRO

Petróleo fecha em alta e sobe na semana, após PCE dos EUA

Além disso, permaneceu no radar de investidores uma ameaça de invasão terrestre em Rafah por Israel. Na semana, os preços da commodity também avançaram

Petróleo - Helmut Otto/Agência Petrobras

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, apesar da força do dólar, após a divulgação da leitura de março do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês). Além disso, permaneceu no radar de investidores uma ameaça de invasão terrestre em Rafah por Israel. Na semana, os preços da commodity também avançaram.

O WTI para junho fechou em alta de 0,34% (US$ 0,28), a US$ 83,85 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho avançou 0,50% (US$ 0,44), a US$ 88,21 o barril, na Intercontinental Exchange. Na semana, o WTI subiu 1,98% e o Brent tinha alta de 1,05%.

Segundo analistas do Rittersbuch, o mercado de petróleo está dividido diante das diferentes interpretações do PCE de hoje, cuja força pode implicar em uma procura de petróleo abrandada. Para a Capital Economics, a tendência de abrandamento dos preços do petróleo no médio prazo também refletirá na inflação ao redor do mundo. Preços mais baixos diminuirão a pressão sobre os índices inflacionários, escreve a consultoria.

Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, afirma que, apesar dos dados do PCE não serem animadores, o mercado petrolífero já havia precificado perdas na sessão de ontem, após a leitura do PCE e do Produto Interno Bruto (PIB) americano trimestral.

Também hoje, investidores acompanharam notícias sobre um avanço militar de Israel em Rafah. O país alertou autoridades do Egito que está pronta para dar "uma última chance" às negociações de reféns com o Hamas, caso não haja progresso, israelenses pretendem realizar uma invasão terrestre em Rafah. Além disso, o ministério da Defesa do Irã afirmou hoje que está fortalecendo sua cooperação militar e técnica com a Rússia.