Possível proibição do TikTok poderia beneficiar Instagram, YouTube e rivais menores
Com uma proibição real provavelmente ainda a anos de distância, não está claro qual aplicativo será o maior beneficiário
Usuários adultos do TikTok nos Estados Unidos passam, em média, 54 minutos no aplicativo, mais do que no Instagram, Snapchat ou YouTube, de acordo com pesquisa da eMarketer.
Se a proibição do TikTok no país ocorrer, essas plataformas - junto com rivais emergentes - estariam competindo por esses valiosos minutos de atenção.
Com uma proibição real provavelmente ainda a anos de distância, não está claro qual aplicativo será o maior beneficiário.
A Meta, dona do Facebook e do Instagram, pode ver mais anunciantes com a incerteza com seu maior concorrente, de acordo com analistas. A empresa tem uma longa tradição de copiar serviços concorrentes, com diferentes níveis de sucesso, como o recurso "stories", semelhante ao Snapchat, e o "reels", similar ao TikTok.
Ainda que criadores postem em ambas as plataformas, especialistas dizem que os usuários mais jovens provavelmente não migrarão para o Instagram.
"A capacidade do TikTok de oferecer conteúdo relevante e divertido para seus usuários é incomparável no mundo das redes sociais", segundo a analista da eMarketer, Jasmine Enberg.
Já o Youtube ainda domina a atenção dos adolescentes norte-americanos. Aproximadamente nove em cada dez adolescentes disseram usar a rede, em pesquisa do Pew Research Center, o que a torna a plataforma mais usada entre os jovens de 13 a 17 anos. O TikTok registrou 63%, o Snapchat 60% e o Instagram 59%. O Google, que controla o Youtube, lançou o recurso "Shorts" em 2020.
O Snapchat nunca foi interessante para o público entre adultos, mas continua popular entre adolescentes e jovens adultos dos EUA A rede lançou o Snapchat Spotlight em 2020, mesmo ano em que a Índia baniu o TikTok e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tentava fazer o mesmo nos EUA. O recurso visa destacar os principais vídeos publicados na plataforma.
Outras alternativas com recursos semelhantes ao TikTok são redes mais novas, como o Triller, que está sendo adquirido por uma empresa sediada em Hong Kong. A plataforma é popular para vídeos musicais e tentou atrair criadores do TikTok para sua plataforma, mas sua base de usuários fica muito atrás dos concorrentes e o conteúdo parece menos diverso. O Zigazoo, por sua vez, se destaca porque mostra conteúdo no estilo do TikTok, mas com foco em vídeos apropriados para crianças.