China

Chuvas torrenciais tiram mais de 100 mil de casa na China

Organização Mundial de Meteorologia alerta que Ásia é o continente mais afetado pelas mudanças climáticas

Bandeira da China - Pixabay

Chuvas torrenciais marcam os últimos dias de abril no Sul da China. Mais de 110 mil pessoas tiveram que deixar suas casas na província de Guangdong e cidades ficaram inundadas. Segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, o mês não terminou ainda, mas o acumulado já é mais que o dobro da média de abril para a região.

Toda a região do Delta do Rio das Pérolas foi afetada nos últimos cinco dias. As perdas, segundo o jornal People’s Daily, chegam a US$ 20 milhões.

Normalmente, a estação das chuvas em Guangdong começa em maio ou junho. Mas este ano não apenas as tempestades chegaram antes quanto em maior intensidade.

A região é uma importante produtora de arroz e plantações inteiras foram submersas e completamente perdidas. Na cidade de Qingyuan, a água nas ruas chegou a quase dois metros de altura.

Também ficaram alagadas Cantão e as cidades de Xaoguan, Zhaoging e Jiangmen. Porém, as fábricas dessa região que produzem suprimentos para grandes empresas como Samsung, Apple, Huawei e Tesla não pararam.

Esta semana, a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) divulgou em seu relatório “O estado do clima em 2023 na Ásia” que o continente é o mais afetado do mundo por extremos climáticos, como chuvas torrenciais e ondas de calor. O relatório também destacou que as mudanças climáticas “têm causado maiores repercussões por toda a Ásia”.

A OMM disse que o clima desta segunda metade de abril de 2024 é mais uma prova da vulnerabilidade da sociedade aos extremos climáticos.

E acrescentou que “o excesso de energia acumulado na atmosfera e nos oceanos pelas emissões de gases de efeito estufa associadas a atividades humanas também tem grande influência”.