Justiça

Finlandês condenado a mais de seis anos de prisão por crime cibernético

Após roubar esses dados, Kivimaki tentou extorquir 360.000 euros (R$ 1,8 bilhão) em bitcoins da empresa, ameaçando divulgar os registros se eles se recusassem

Com mais de 21.000 demandantes, o caso é "o mais significativo" já visto no país - Canva

Um homem foi condenado a mais de seis anos de prisão por hackear dezenas de milhares de registros de pacientes de psicoterapia na Finlândia, anunciou nesta terça-feira (30) o tribunal.

No caso sem precedente no país, Aleksanteri Kivimaki foi considerado culpado de graves "violação de dados" e "tentativa de extorsão" por um tribunal de primeira instância em Espoo, uma cidade no sul.

Durante o ataque cibernético a um dos centros de psicoterapia da empresa Vastaamo, em 2018, os dados e registros de cerca de 33.000 pacientes foram vazados.

Com mais de 21.000 demandantes, o caso é "o mais significativo" já visto no país, de acordo com um comunicado do tribunal que descreve os crimes como "excepcionais".

Após roubar esses dados, Kivimaki tentou extorquir 360.000 euros (R$ 1,8 bilhão) em bitcoins da empresa, ameaçando divulgar os registros se eles se recusassem.

Quando a Vastaamo recusou, Kivimaki começou a divulgar os arquivos online.

Além disso, ele enviou e-mails para inúmeros pacientes, exigindo um resgate de 200 a 500 euros (214 a 536 dólares) em bitcoins, caso contrário, suas conversas com seus terapeutas seriam publicadas.

Após o anúncio, o advogado Peter Jaari disse ao jornal Helsingin Sanomat que seu cliente pretendia apelar a decisão.

Kivimaki já foi condenado por crimes cibernéticos, fraude, extorsão e 50.700 casos de roubo de dados cometidos com um grupo de hackers em uma centena de países diferentes.