Tesla

Tesla fará segundo corte de funcionários em menos de um mês

Empresa vai dissolver dois departamentos e demitir a maioria dos funcionários do setor

Estação de recarga de veículos elétricos da Tesla nos EUA - Saul Loeb/AFP

A Tesla planeja centenas de cortes de empregos adicionais além de uma recente demissão em toda a empresa, à medida que tenta equilibrar os custos de um difícil mercado de veículos elétricos.

A empresa de Elon Musk, que no início deste mês decidiu cortar mais de 10% de seus 140 mil funcionários, vai dissolver dois departamentos e demitir a maioria dos funcionários dos grupos, informou o portal especializado Information na noite desta segunda-feira.

A publicação de tecnologia on-line citou um e-mail de Musk no qual ele prometia ser “absolutamente duro em relação ao número de funcionários e à redução de custos”.

Musk tentará demitir qualquer executivo “que retenha mais de três pessoas que obviamente não passem no teste de excelente, necessário e confiável. [...] Fui super claro sobre isso”, dizia o e-mail de Musk, segundo o Information.

Os últimos cortes significam que Rebecca Tinucci, diretora sênior de carregamento de veículos elétricos, e Daniel Ho, chefe de novos produtos, deixarão a empresa. Também partirão a maioria dos 500 trabalhadores do grupo Supercharger de Tinucci, além de outros funcionários subordinados a Ho. Musk também está dissolvendo uma equipe de políticas públicas, disse o relatório.

A Tesla relatou na semana passada uma queda de 55% nos lucros trimestrais, para US$ 1,1 bilhão, refletindo um declínio nas vendas de EV em um mercado com concorrência cada vez maior.

Apesar dos resultados pessimistas, as ações da Tesla foram impulsionadas na semana passada pela promessa de Musk de acelerar a produção de veículos elétricos novos e mais acessíveis e pela visita de Musk à China na segunda-feira, que resultou em uma autorização de segurança importante do governo chinês para a tecnologia Tesla.