Ayrton Senna: Adriane Galisteu revela os três maiores sonhos que o piloto não conseguiu realizar
Adriane Galisteu e Senna se conheceram numa festa em comemoração à vitória do piloto no GP de Interlagos, em março de 1993.
Trinta anos após sua morte, Ayrton Senna continua vivo no imaginário popular como maior ídolo do esporte brasileiro. Em entrevista realizada em abril deste ano, sua ex-namorada, a apresentadora Adriane Galisteu, revelou três grandes sonhos do piloto que ele não conseguiu realizar antes do acidente fatal.
— O Ayrton morreu sem realizar três sonhos: correr na Ferrari, conhecer a Disney e ter um filho. Esses eram os sonhos dele”, declarou. Os dois namoraram de 1993 a 1994, ano da morte de Senna. Eu, com minha meninice toda, falava para ele: ‘Bora para Disney’. Imagine eu, pobre, sempre sonhei, via o clube do Mickey, eu falava: ‘Se é seu sonho, é o meu também’. E ele falava: ‘Calma que eu tenho que fazer não sei o quê’, sempre tinha algo de trabalho na frente — contou a apresentadora em entrevista ao Ticaracaticast.
O piloto tinha 34 anos quando sofreu um acidente fatal no Grande Prêmio de San Marino, na Itália. Adriane Galisteu e Senna se conheceram numa festa em comemoração à vitória do piloto no GP de Interlagos, em março de 1993.
Campeão sul-americano e brasileiro, o paulista iniciou a carreira aos 13 anos, quando competia em provas de kart. Em 1981, ingressou na Fórmula Ford e também acumulou títulos. Dois anos depois, foi campeão de Fórmula-3. E, em 1984, aos 24, começou a competir na Fórmula-1 — onde, por uma década, registrou 41 vitórias e três campeonatos mundiais (1988, 1990 e 1991), todos pela McLaren.
A morte do piloto inspirou mudanças no esporte com objetivo de torná-lo mais seguro. Entre elas, novas barreiras, curvas redesenhadas para minimizar a possibilidade de acidentes, novas medidas de segurança e, também, a criação do halo, uma proteção em volta da cabeça dos pilotos.
A importância deste último foi vista em 2021, também na Itália, quando ocorreu a batida envolvendo Max Verstappen e Lewis Hamilton. Foi por pouco que o pneu do carro do holandês não acertou a cabeça de Hamilton, que disse ter sentido apenas dores no pescoço após o choque.
A 'era Senna'
Em 1988, uma vitória em Suzuka, no Japão, dava início à “Era Senna”. O primeiro título dele na Fórmula 1 marcou o começo da idolatria ao piloto da McLaren, que na época tinha 28 anos, e deu continuidade à história vitoriosa do Brasil na categoria. Rubens Barrichello, que tinha apenas 16 anos, já pilotava e se recorda do início tenso da corrida.
— As memórias são aquelas que todos temos. A largada que parecia que o carro ia morrer, mas foi. Ele passando por todos, Prost espremendo no muro. E aí o choro com o punho erguido e a bandeira — recorda o piloto, que hoje corre na Stock Car pela equipe Full Time.
A rivalidade de Senna com o “professor” Alain Prost, com quem compartilhou os boxes na McLaren em 1988 e 1989 e depois o enfrentou até a aposentadoria do francês, no final de 1993, os transformou em grandes celebridades.
— Fiz muitas coisas, ganhei muitas corridas e campeonatos sem ele, mas nossa história está completamente ligada. Não há um momento em que, se você fala de Prost, não mencione Senna e vice-versa. Não só minha carreira, mas também minha vida está ligada a ele — lembrou Prost.
Próximo do brasileiro, o jornalista francês Lionel Froissart diz que Senna tinha uma “aura diferente” e, por isso, continua sendo lembrado. Para ele, “isso diz muito sobre a personalidade [do paulista, que fazia] parte desses personagens excepcionais tocados um pouco pela graça divina”.
— Era um piloto excepcional, com um encanto particular. A combinação destas duas qualidades fazia dele uma lenda já em vida — acredita o austríaco Gerhard Berger, companheiro de McLaren e amigo.