Nota de crédito: decisão da Moody's tem a ver com trabalho conjunto dos Três Poderes, afirma Haddad
Agência avalia que possibilidades de crescimento real do PIB estão mais robustas, mas ainda enxerga riscos fiscais
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que a decisão da agência de classificação de riscos Moody’s, de elevar de estável para positiva a perspectiva do rating do Brasil, acompanha a decisão de outras agências. O resultado, segundo ele, é reflexo de um trabalho conjunto dos Três Poderes, que colocam interesses do País acima de divergências.
"A Moody’s acompanhou as outras agências de risco ao reconhecer a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas. Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos Três Poderes, que colocaram os interesses do País acima de divergências superáveis", escreveu Haddad em publicação na rede social X, o antigo Twitter.
O ministro disse ainda que, mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. "Temos muito a fazer!", enfatizou.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil "voltou a ter credibilidade econômica", ao celebrar a decisão da agência de risco Moody's de elevar para positiva a perspectiva de nota de crédito para o País. "O Brasil que estamos construindo voltou a ser respeitado no mundo e voltou a ter credibilidade econômica e ambiental. Isso é bom para todo mundo", escreveu o presidente.
A Moody's elevou nesta quarta-feira o outlook da dívida soberana de médio e longo prazos do Brasil de estável para positivo. A empresa, porém, manteve os ratings de emissor de longo prazo e de títulos sem garantia do governo do País em Ba2.
A expectativa de que a agência poderia anunciar alguma revisão na nota ou perspectiva brasileira ainda esta semana foi adiantada por Haddad em coletiva na noite da terça-feira (30).
Segundo ele, além da Moody’s, a Fitch também está prestes a finalizar um relatório. "Só poderei comentar quando for divulgado", afirmou o ministro.