Política

China afirma que vai tomar as 'medidas necessárias' após sanções dos EUA

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira sanções para reduzir a capacidade industrial e militar da Rússia

Nesta fotografia distribuída pela agência estatal russa Sputnik, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, encontra-se com o governador da região de Tula na residência oficial de Novo-Ogaryovo, nos arredores de Moscou, em 2 de maio de 2024. - Gavriil Grigorov/Pool/AFP

A China afirmou, nesta quinta-feira (2), que vai tomar as "medidas que forem necessárias", após os Estados Unidos anunciarem diversas sanções que afetam empresas chinesas e de outros países que ajudam a Rússia na compra de componentes para fabricar armas para a guerra na Ucrânia.

"Instamos os Estados Unidos a deixarem de difamar e restringir a China e a deixarem de aplicar sanções ilegais e unilaterais sem sentido", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês em uma mensagem enviada à AFP.

"A China tomará todas as medidas necessárias para defender resolutamente os direitos e interesses legais das empresas chinesas", acrescentou.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira sanções para reduzir a capacidade industrial e militar da Rússia.

As medidas atingem 300 entidades, incluindo dezenas de empresas acusadas de facilitar a compra de tecnologia e equipamentos por Moscou no exterior. Na lista aparecem companhias sediadas na China, que enfrenta uma pressão crescente dos Estados Unidos por ainda não ter condenado a invasão russa após mais de dois anos de guerra.

A China insistiu nesta quinta-feira que "não é causa nem parte" na crise na Ucrânia e declarou que tem o direito de estabelecer relações comerciais "normais" com todos os países, incluindo a Rússia.