Giuliano, do Santos, defende a paralisação de jogos em meio à tragédia no Rio Grande do Sul
Grêmio, Internacional e Juventude enviaram à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um pedido de adiamento das partidas de futebol pelos próximos 20 dias
O meia Giuliano, do Santos, veio a público para pedir a paralisação de jogos de futebol no Brasil em meio à tragédia climática no Rio Grande do Sul. A declaração do atleta sobre as inundações que assolam o Estado ocorreu pouco depois da vitória do Santos sobre o Guarani, por 4 a 1, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
"Qual o preço de uma vida? Será que um gol paga o preço de uma vida? Estádio cheio e as outras pessoas sofrendo. É um momento de reflexão para nós, o povo brasileiro ama futebol. Mas até que ponto vale você não parar o futebol e deixar as pessoas sofrerem?", disse o meia, em entrevista ao canal SporTV.
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">No Boleiragem, Giuliano fala em “momento de reflexão no futebol brasileiro” em meio a tragédia no RS: “Será que um gol vale o preço de uma vida?” <a href="https://t.co/QEW0FDQvUc">pic.twitter.com/QEW0FDQvUc</a></p>— ge (@geglobo) <a href="https://twitter.com/geglobo/status/1787670836477890986?ref_src=twsrc%5Etfw">May 7, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Giuliano não é o único a defender a paralisação dos jogos. Na noite de segunda-feira (6), Grêmio, Internacional e Juventude enviaram à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um pedido de adiamento das partidas de futebol pelos próximos 20 dias por causa das enchentes. O estádio Beira-Rio e a Arena do Grêmio, por exemplo, ainda estão alagados.
De acordo com a Defesa Civil, o desastre climático do Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos e mais de 130 desaparecidos. Além disso, milhares de pessoas estão desabrigadas.
"Acho que é um momento de reflexão para o futebol brasileiro, de que temos que ser solidários. O futebol está em segundo plano. Temos que amar as pessoas, o ser humano. Não sei se a federação, os jogadores, os clubes... Mas acho muito válida uma parada. Não apenas para treinamento, mas para uma reconstrução psicológica dos jogadores, das pessoas que sofreram com isso até que a gente tenha condições de voltar com o campeonato", afirmou Giuliano.
Muitos atletas se mobilizaram para ajudar no resgate de pessoas ilhadas, como o goleiro do Grêmio, Caíque. Houve ainda casos de esportistas que ajudaram a distribuir alimentos, como o goleiro do Inter, Sergio Rochet.
Para Giuliano, essa corrente de solidariedade é muito importante "Somos influência e exemplos. A partir do momento em que nos juntamos, nós temos força, o País nos olha. A gente tem capacidade de, por meio da nossa imagem, mandar uma mensagem positiva. Juntar cestas básicas, dinheiro, doações. É um momento que precisamos. A gente fica se colocando no lugar dessas pessoas. Imagina a dor, quando a água baixar, como é que vai ser? Nesse processo, precisamos de todos", disse o meia santista