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Pacheco diz que Brasil tem problemas na prevenção de tragédias climáticas

"O estado brasileiro tem que estar preparado para isso", disse o presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco - Marcos Oliveira/Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (7) que o estado brasileiro tem problemas para elaborar medidas de prevenção às tragédias climáticas. A declaração se dá em meio à tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, que já deixaram pelo menos 85 mortos até esta segunda-feira.

Em entrevista à Globonews, Pacheco disse que situações como a enfrentada atualmente no território gaúcho refletem o despreparo do estado brasileiro na prevenção de tragédias climáticas.

"Temos problemas na educação, na área de segurança, na área de saúde e temos um problema de fato de prevenção a acidentes e esses eventos de tragédias climáticas, que quando a gente se deparar com situações desse tipo, como aconteceu no Rio de Janeiro, em Minas, e agora no Rio Grande do Sul, isso nos impõe de fato uma grande responsabilidade."

O presidente do Senado ainda elencou uma série de medidas que devem ser implementadas, como a regulamentação de um grande plano de prevenção da Defesa Civil.

"Então a regulamentação de um grande plano da Defesa Civil, o envolvimento das instituições, os recursos para Forças Armadas, tudo isso demonstra a necessidade de que isso aconteça para que tenhamos minimização de impactos nessas eventualidades."

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil, 385 municípios gaúchos são afetados pelas consequências da chuva, afetando 1.178.226 pessoas. São 339 feridos, 47.676 levados para abrigos e 153.824 moradores desalojados por conta das enchentes e deslizamentos.

Nesta terça, Pacheco relembrou a enchente que o estado gaúcho enfrentou em 1941, e disse que uma nova tragédia pode acontecer novamente no futuro.

"O estado brasileiro tem que estar preparado para isso. Para isso eu tenho que ter planejamento, regulamentação e recursos orçamentários. De fato há um déficit em relação a esse tema que precisa ser corrigido pelo estado brasileiro" completou o senador.