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Haddad: RS mostrou que Poderes têm capacidade de enfrentar juntos problemas de qualquer tamanho

Ministro fez questão de enfatizar que houve muita aposta contra o Brasil assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou a eleição

Ministro Fernando Haddad - Nelson Almeida/AFP

Voltando a enfatizar a importância da união entre os Três Poderes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a tragédia no Rio Grande do Sul mostrou que é possível fazer um trabalho conjunto de governo. Após vários atores dos diferentes Poderes sobrevoarem a região no domingo e terem encontro com o governador Eduardo Leite (PSDB), todos saíram do episódio com o mesmo discurso, segundo o ministro.

"Aquela é a foto: não importa o tamanho do problema, vamos enfrentar juntos", disse, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da EBC. "Está acima de disputas partidárias, tem a ver com ser humano", acrescentou.
 

Haddad fez questão de enfatizar que houve muita aposta contra o Brasil assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou a eleição. Ele citou que primeiro foi falado que o novo presidente não teria base parlamentar e, depois, que as contas estavam desorganizadas e que não haveria tempo suficiente para arrumá-las. Citando a "elite financeira" e dos Poderes, Haddad afirmou que, se esse grupo assim desejar, coloca o País em um curso de desenvolvimento sustentável. "Não é bicho de sete cabeças", garantiu.

O ministro deu destaque ao apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que estaria ajudando a agenda a avançar. Ele enfatizou que gostaria de ver e que há condições para a aprovação da regulamentação da reforma tributária ainda este ano.

Ao final da entrevista, Haddad disse que um ministro da Fazenda costuma ter dois papéis, que parecem ser contraditórios ou paradoxais. O primeiro é o de alertar sobre os riscos existentes e o segundo, o de dar esperanças à população. "O caminho é complicado, é um negócio difícil de lidar, mas estamos gradualmente convergindo para um diagnóstico do que precisa ser feito", afirmou. "Não é simples partir de avaliações extremas para convergência política e ver todo mundo remando para o mesmo lugar, mas temos condições", finalizou.