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Petróleo sobe apoiado pelos bombardeios israelenses em Gaza

Em Londres, o preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em julho subiu 0,50%, para US$ 83,76

Petróleo - Wirestock /Freepik

Os preços do petróleo, que caíam no início da sessão em meio à esperança de uma trégua entre Israel e o grupo islamista Hamas, recuperaram terreno e fecharam em alta nesta quarta-feira (8) após os ataques aéreos israelenses lançados sobre Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em Londres, o preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em julho subiu 0,50%, para US$ 83,76.

Enquanto isso, em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho subiu 0,77% e fechou em US$ 78,99.

Israel bombardeou Gaza nesta quarta-feira e retomou as operações terrestres "seletivas" na cidade de Rafah, em meio às delicadas negociações no Cairo por um cessar-fogo.

"A tendência dos preços subiu porque parece que Israel está se preparando para entrar em Rafah", disse Andy Lipow, analista da Lipow Oil Associates.

Assim, o prêmio de risco geopolítico ressurgiu, apoiado também pelos ataques dos rebeldes huthis na costa do Iêmen, um ponto importante das rotas marítimas comerciais internacionais.

Os huthis, apoiados pelo Irã, lançaram três drones na noite de segunda-feira, um dos quais foi interceptado pelos Estados Unidos e outro por uma embarcação da coalizão internacional formada para proteger a área. O terceiro caiu no golfo de Aden.

"Todas essas tensões provocaram um aumento nos preços do petróleo", acrescentou Lipow.

Para o analista, o mercado também começa a se concentrar na próxima reunião dos membros da aliança petrolífera internacional Opep+, marcada para 1º de junho.

"Esperamos que continuem com os cortes na produção de petróleo ao longo do terceiro trimestre", disse Lipow, observando que era "provável" que a Opep+ causasse uma "surpresa" ao prolongar as reduções até o fim do ano.

Nos Estados Unidos, as reservas semanais de petróleo caíram ligeiramente, o que é geralmente positivo para os preços. Nos sete dias até 3 de maio, essas reservas caíram 1,4 milhões de barris (mb), depois de subirem 7,3 mb na semana anterior.