Banco do Brasil

Banco do Brasil registra lucro de R$ 9,3 bilhões no 1º trimestre

Resultado representa uma alta de 8,8% na comparação com ano passado; carteira de crédito da instituição subiu 10,2% para a R$ 1,14 trilhão

Dinheiro - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco do Brasil reportou nesta quarta-feira que encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 9,3 bilhões, acima das expectativas do mercado. O resultado representa uma alta de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023 e uma queda de 1,5% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Um dos destaques positivos do balanço foi o crescimento de 10,2% na carteira de crédito, na comparação com o ano passado, que encerrou março com um saldo de R$ 1,14 trilhão. O maior crescimento veio do agronegócio, que teve um saldo de R$ 372,5 bilhões e uma alta de 15,5% na comparação anual.

Para pessoas físicas, o crescimento da carteira foi de 1,4% no trimestre e de 5,8% em 12 meses, chegando a R$ 317,4 bilhões. O saldo foi puxado principalmente pelo aumento no consignado (alta de 10,3% no ano) e pelo crédito salário (crescimento de 9,3% em doze meses).

Segundo o BB, foram desembolsados R$ 27,3 bilhões no crédito consignado nos primeiros três meses do ano, uma alta de 45% em relação ao mesmo período de 2023.

O crescimento foi mais tímido no segmento de serviços. A receita, segundo o BB, subiu 2,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, com as maiores altas vindo das linhas de seguros, previdência e capitalização (+11,5%), administração de fundos (+5,8%) e consórcios (+20,3%).

A taxa de inadimplência no banco para atrasos acima de 90 dias subiu do ano passado para este: era 2,62%, em março do ano passado e chegou a 2,90% no mesmo período deste ano. Houve uma desaceleração tímida, no entanto, em relação a dezembro, quando a taxa estava em 2,92%.

Na comparação anual, as despesas administrativas do Banco cresceram 4,9%, influenciadas pelo dissídio coletivo da categoria, segundo a instituição, para um total de R$ 8,9 bilhões.

Com os resultados, o banco registrou uma Margem Financeira Bruta (MFB) total de R$ 25,7 bilhões, praticamente estável em relação ao trimestre anterior e com um crescimento de 21,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. O MFB é o indicador que mede a diferença entre os rendimentos e os custos da operação do banco.