Santos pede ao STJD para liberar torcida na Vila e promete enviar renda para ajudar RS
Clube argumentou que a partida poderá levantar uma renda acima de R$ 100 mil, o que seria de grande ajuda para as vítimas das enchentes
A direção do Santos pediu nesta quinta-feira (9) ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que antecipe a liberação da Vila Belmiro para a torcida uma rodada antes do previsto, na Série B do Campeonato Brasileiro, no jogo contra o Brusque. O pedido tem um motivo nobre: o clube prometeu reverter toda a renda da partida para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul
A petição foi protocolada no STJD, no Rio de Janeiro, nesta quinta, em teor de urgência. A informação foi publicada inicialmente pelo site GE e confirmada pelo Estadão. Não há prazo para o tribunal tomar uma decisão sobre o tema. A partida contra o Brusque está marcada para o dia 19 deste mês.
O clube argumentou que a partida poderá levantar uma renda acima de R$ 100 mil, o que seria de grande ajuda para as vítimas das enchentes no Sul do País. Ao longo do Paulistão, o Santos conseguiu obter rendas elevadas, principalmente quando jogou em São Paulo, no estádio de rivais.
Na Série B, o time paulista ainda não contou com o benefício de jogar diante de sua torcida. Nas duas partidas em que atuou na Vila Belmiro, o Santos jogou com os portões fechados em razão de punição aplicada pelo STJD - a sanção se refere à confusão causada por parte de sua torcida na última rodada do último Brasileirão.
Após acordo com o clube, o STJD decidiu que o Santos precisa cumprir três jogos com os portões fechados e três partidas com abertura parcial das arquibancadas, sem a presença de torcidas organizadas.
Nesta sequência de partidas com punições, o jogo contra o Brusque seria exatamente o último a ser disputado com as arquibancadas totalmente vazias. Assim, o Santos pretende antecipar em um jogo a presença parcial de torcedores em uma partida do time na Série B.
A renda, então, seria revertida para as milhares de vítimas da tragédia que vem atingindo a maior parte das cidades gaúchas. Até o momento, segundo os dados da Defesa Civil do estado do Rio Grande do Sul, foram registradas 100 mortes, 128 feridos e 324 desaparecidos.
O boletim atual ainda divulgou que cerca de 230 mil pessoas estão desabrigadas. O Lago Guaíba ultrapassou a marca de 5,3 metros com as severas chuvas na última semana. Esta é a maior tragédia natural da história do Estado.