IGREJA

Papa abrirá ''Ano Santo'' no dia 24 de dezembro

Obras estão sendo feitas em torno do Vaticano para melhorar o trânsito para o evento

Papa Francisco - Andreas Solaro/AFP

O Papa Francisco oficializou as datas do Jubileu Ordinário de 2025, um “Ano Santo” durante o qual se espera que 32 milhões de peregrinos de todo o mundo cheguem a Roma.

Em uma “bula” (documento papal oficial) publicada nesta quinta-feira (9), o pontífice anunciou que o Jubileu vai começar em 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, e terminará em 6 de janeiro de 2026.

Os 32 milhões de peregrinos vão se juntar aos milhões de turistas que visitam a capital italiana, cujo sistema de transporte público é criticado regularmente. Obras estão sendo feitas em torno do Vaticano para melhorar o trânsito.

Na “bula” apresentada nesta quinta-feira na Basílica de São Pedro, Francisco definiu o rumo do Jubileu, que tem como tema a “esperança”.

O pontífice instou as “nações mais ricas” a “perdoarem as dívidas dos países que nunca serão capazes de saldá-las”. “Se realmente queremos preparar o caminho para a paz no mundo, nos esforcemos para remediar as causas da injustiça, cancelar dívidas injustas e não pagas e satisfazer os famintos”, escreveu.

Os Jubileus “ordinários”, acontecimentos importantes para a Igreja Católica e concebidos como tempo de conversão e penitência dos fiéis, são celebrados a cada 25 anos. O último, presidido por João Paulo II em 2000, acolheu 24,5 milhões de peregrinos no Vaticano.

Ao evento somam-se os jubileus “extraordinários”, convocados por um motivo especial: o último aconteceu em 2016, por ocasião do 50º aniversário do fim do Concílio Vaticano II, que defendia uma Igreja mais aberta e misericordiosa.

Nesta ocasião, a indulgência plenária – o perdão dos pecados – é concedida sob certas condições: confissão, comunhão, boas obras ou esmola.

O Papa Bonifácio VIII foi quem estabeleceu esta tradição em Roma em 1300 e providenciou um jubileu a cada século. A partir de 1475, com o objetivo de permitir que cada geração vivesse pelo menos um “ano santo”, foi estabelecido o intervalo de 25 anos.