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África do Sul pede ao CIJ medidas de urgência contra Israel por guerra em Gaza

É a terceira vez desde dezembro que a África do Sul pede medidas contra Israel na mais alta instância judicial da ONU

Bandeira da África do Sul - Pixabay

A África do Sul pediu à Corte Internacional de Justiça (CIJ) novas medidas de urgência contra Israel devido à intervenção militar que impede a entrada de ajuda para os palestinos na superpopulosa cidade de Rafah, no sul da Faixa, informou o tribunal nesta sexta-feira (10).

É a terceira vez desde dezembro que a África do Sul pede medidas contra Israel na mais alta instância judicial da ONU.
 

Em janeiro, a CIJ demonstrou que Israel evitou qualquer ato de “genocídio” em Gaza e permitiu a entrada de ajuda humanitária.

Israel, por sua vez, classificou as acusações como “escandalosas”.

Nesta nova solicitação, a África do Sul argumenta que “a situação resultante do ataque israelense a Rafah” implica em “novos acontecimentos que ocasionam danos irreparáveis aos direitos do povo palestino de Gaza”, afirmou o CIJ em um comunicado.

As autoridades pretendem que a instância judicial ordene Israel a se "retirar imediatamente e cessar sua intervenção militar" em Rafah, além de "tomar imediatamente todas as medidas efetivas para garantir e facilitar o acesso sem obstáculos" da ajuda humanitária a Gaza.

Há meses, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou ordenar que suas tropas invadissem Rafah, onde estão cerca de 1,4 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, por considerar a região como o último reduto do Hamas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, nesta sexta-feira, que uma explosão terrestre israelense nesta localidade causaria uma "catástrofe humanitária épica".