Lula suspende viagem ao Chile devido a catástrofe no Rio Grande do Sul
Até o momento não há uma nova data prevista para a viagem de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu nesta segunda-feira (13) uma visita de Estado ao Chile, inicialmente prevista para 17 e 18 de maio, devido à catástrofe das inundações no Rio Grande do Sul.
A Presidência destacou em um comunicado a "necessidade de acompanhamento da situação das enchentes no Rio Grande do Sul e de coordenação no atendimento à população afetada e nas tarefas de reconstrução".
Até o momento não há uma nova data prevista para a viagem de Lula.
Fortes chuvas atingiram o estado novamente no fim de semana a elevaram o nível dos rios.
Segundo um balanço da Defesa Civil divulgado nesta segunda-feira, as inundações deixaram 147 mortos e 127 desaparecidos.
A devastação obrigou mais de 600.000 pessoas a abandonarem suas casas. Quase 81 mil delas estão em abrigos montados em escolas, clubes esportivos e outros estabelecimentos.
Os esforços para retirada de pessoas continuam e o governador do estado, Eduardo Leite, pediu no domingo (12) que as pessoas não se arrisquem a voltar para suas casas, muitas delas ameaçadas por um novo aumento no nível da água ou por deslizamentos de terra.
As autoridades trabalham na distribuição de mantimentos e doações entre as pessoas afetadas, enquanto voluntários, bombeiros e militares prosseguem com as operações de resgate de pessoas presas em suas casas.
Estradas e rodovias importantes estão total ou parcialmente fechadas. O aeroporto internacional da cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, continua fechado devido às inudações.
A agência meteorológica MetSul alertou nesta segunda para a chegada de uma frente fria no estado, o que complicará a situação dos desabrigados.
Porém, a agência informou que esta semana choverá menos do que nos últimos dias e as tempestades serão alternadas com períodos de sol.
O nível do rio Guaíba, que atravessa Porto Alegre, voltou a subir e pode ultrapassar o pico inédito de 5,35 metros que atingiu em 5 de maio, com possibilidade de chegar a 5,5 metros nos próximos dias, segundo a Defesa Civil.