Saúde

Filariose linfática: após 17 anos com pênis e perna inchados, homem busca médico e descobre vermes

A doença também é conhecida como elefantíase; no Brasil, quatro municípios são áreas endêmicas

Homem viveu com inchaço por 17 anos - Freepik

Um homem de 72 anos viveu por quase duas décadas com um inchaço na perna esquerda, na bolsa escrotal e no pênis, o que dava a aparência do órgão sexual estar "ereto" o tempo inteiro. Este caso foi relatado na revista científica New England Journal of Medicine por médicos do University Hospital Basel, na Suíça.

Ao buscar ajuda em um hospital suíço pela primeira vez em 17 anos de sofrimento, ele foi hospitalizado. Após uma investigação feita pela equipe, o homem foi diagnosticado com filariose linfática, mais conhecida como elefantíase.
 

Os exames revelaram que os locais inchados estavam repletos de vermes microscópicos. Além disso, foi descoberto que o paciente havia vivido no Zimbábue, país localizado no sul da África, há 20 anos.

“No acompanhamento, dois meses após o término do tratamento, os sintomas do paciente foram resolvidos”, escreveram os médicos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a filariose linfática ocorre por uma infecção causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, transmitido através da picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. O seu principal sintoma é a formação de edemas, isto é, acúmulo anormal de líquido, nos membros, seios e bolsa escrotal.

O órgão também ressalta que a filariose está fase de eliminação no país, mas ainda apresenta pontos endêmicos: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista.