Economia compartilhada, um novo estímulo para a construção civil
Também conhecido como economia colaborativa, o modelo de negócio envolve a utilização mais eficiente de bens e serviços, por meio do compartilhamento entre diferentes usuários
A chamada economia compartilhada, abordagem empresarial que tem como finalidade a otimização de recursos disponíveis, promovendo a colaboração individual e maximizando na utilização de diversos produtos e serviços, tem feito com que empresários dos mais diversos setores, principalmente da construção civil, repensem seus negócios. Neste contexto, empresas e profissionais do setor estão aderindo a estratégia colaborativa para maximizar a utilização de recursos e reduzir despesas, afetando o mercado de aluguel de equipamentos de construção.
Também conhecido como economia colaborativa, o modelo de negócio envolve a utilização mais eficiente de bens e serviços, por meio do compartilhamento entre diferentes usuários. Em vez de possuir um item para uso exclusivo, pode-se alugá-lo, emprestá-lo ou compartilhá-lo, reduzindo custos e desperdício. O modelo tem impactado também setores como transporte e hospedagem e até espaços de trabalho.
Nesses ambientes, as pessoas podem fazer transações diretas entre si, como serviços rápidos ou aluguel e empréstimo de itens, sem a necessidade de intermediação de terceiros. Outros exemplos de serviços nesse modelo são compartilhamento de veículos, aluguel temporário de imóveis, serviços de entrega ou de cuidados, como o de pet sitter.
“Na construção civil, a economia compartilhada envolve a locação temporária de máquinas e equipamentos entre diferentes projetos e empresas. Em vez de adquirir, construtoras, empreiteiras e profissionais autônomos podem alugar o que precisam, economizando investimentos iniciais e evitando a ociosidade de equipamentos“, conta o diretor da franquia de locação de máquinas e equipamentos para construção e reformas LocExpress, Marcus Vinícius Lara.
Serviços
"Nossa empresa realiza diversos serviços voltados para construção civil, como obras, reformas e pintura. No início, comprávamos os equipamentos de pequeno porte de acordo com cada projeto. Porém, chegou um momento em que a complexidade dos trabalhos aumentou, e as suas necessidades também. Como não tínhamos capital para comprar os equipamentos de maior porte, o aluguel foi a solução para conseguir atender esses clientes e escalonar nosso negócio”, explica a proprietária da empresa de serviços do segmento de obras em alvenaria Serviços Diversos, de Campina Grande (PB), Geiusa Paulino.
A prática de locação compartilhada representa uma tática econômica para as empresas, pois possibilita a divisão dos custos de manutenção e armazenamento de equipamentos onerosos entre vários usuários. Essa abordagem traz ainda mais flexibilidade para as empresas de construção, que têm a opção de alugar maquinário específico apenas para a duração de projetos determinados, evitando assim a inatividade dos equipamentos após o término dos mesmos.
A economia de compartilhamento expande o leque de opções de equipamentos para aluguel, oferecendo às empresas acesso a uma ampla seleção de ferramentas, que vai desde guindastes e escavadeiras até misturadores de concreto e rolos compactadores. Compartilhar equipamentos também diminui o desperdício e incentiva uma utilização mais consciente e eficaz dos recursos, alinhando-se com os princípios de sustentabilidade.
Para Marcus Vinícius, à medida que a economia compartilhada se consolida, demonstra que a locação de equipamentos de construção continua a evoluir. “Esse modelo está transformando a forma como a construção civil lida com seus recursos. A locação compartilhada de equipamentos oferece vantagens significativas, impulsionando a produtividade e sustentabilidade do setor”, esclarece.