RIO GRANDE DO SUL

Bombeiros resgatam égua que passou 10 dias presa em 3º andar de prédio no Rio Grande do Sul

Condomínio estava desocupado por causa das inundações. Na cidade, 100 mil estão fora de casa

Égua foi retirada de apartamento de olhos vendados - TV Globo/Reprodução

O Corpo de Bombeiros de São Leopoldo, cidade localizada no Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, foi chamado para um resgate incomum: uma égua estava presa no terceiro andar de um prédio residencial no bairro de Campina. O resgate aconteceu por volta das 19h30 desta terça-feira (14).

A operação, iniciada ao meio-dia, envolveu aproximadamente 15 bombeiros. O animal foi içado de olhos vendados e retirado através de uma janela. Ainda não há informações sobre o destino da égua, segundo a RBS TV.

De acordo com os bombeiros, o condomínio está desocupado devido às enchentes que atingem o estado do Rio Grande do Sul. No município de São Leopoldo, cerca de 100 mil pessoas estão fora de suas casas, enquanto em todo o estado o número chega a 617 mil.

Assista ao vídeo: 

 
 
 
 
 
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Inicialmente, pensava-se tratar de um cavalo, mas veterinários confirmaram que era uma fêmea durante o resgate.

A equipe de resgate, acompanhada por veterinários, alimentou a égua e forneceu água ao animal.

"Provavelmente, em uma forma de alcançar um local seguro, o animal deve ter subido pela escadaria do prédio, conforme a água ia avançando, e ficou preso de certa forma nesse apartamento", explicou o Capitão Gularte, do Corpo de Bombeiros.

Atualmente, 446 dos 497 municípios do Estado foram afetados pelas enchentes. O governo estadual já contabiliza 149 mortes e 112 pessoas desaparecidas desde o início das cheias.

Resgate do cavalo Caramelo
Equipes também se mobilizaram no dia 9 de maio, para resgatar um cavalo, que ganhou o nome de Caramelo após o resgate. O cavalo apareceu em cima de um telhado na cidade de Canoas, ainda na quarta-feira, 8, conforme mostraram vídeos publicados nas redes sociais. Após o resgate, chegou a ser divulgado que se tratava de uma égua, mas depois veterinários afirmaram que o equino é um cavalo. O animal ficou ilhado por cinco dias.

No resgate, feito com a ajuda do Exército e de bombeiros de São Paulo, o animal foi sedado e colocado deitado em um bote em segurança. Veterinários também foram mobilizados para acompanhar a realização do trabalho.

O cavalo de 350 quilos foi deitado no bote e seguiu por quase meia hora em um percurso de quatro quilômetros até chegar no ponto seco da cidade.

Neste momento, o animal está se recuperando no Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na cidade de Canoas, para onde foi transportado.

Outro cavalo com apenas o focinho de fora, bastante ofegante, também foi resgatado em Canoas, no dia 5 de maio, pelo vice-prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Marcelo Santos da Silva, de 43 anos. O vídeo da ação foi compartilhado nas redes sociais. "Durante resgates de pessoas, vimos um cavalo. Jamais deixaria ele morrer. Além de pessoas, do cavalo, também resgatamos muitos cães e gatos", disse Silva.