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Nova presidente da Petrobras se reúne com ministro de Minas e Energia

Alexandre Silveira protagonizou embates como antigo presidente, Jean Paul Prates, que foi demitido do cargo na terça (14)

Magda Chambriand, nova presidente da Petrobras - ANP/Divulgação

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, se reúne com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na manhã desta quarta-feira (15). O encontro acontece um dia após Jean Paul Prates, que teve embates com Silveira, ser demitido do cargo.

Magda terá o desafio de conciliar os desejos do governo com os do mercado e acionistas da empresa. O antigo presidente, Prates, foi demitido meses após entrar em embate com uma ala do governo.

Escolhida para assumir o cargo, Magda foi diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, durante o governo Dilma. Ela foi funcionária de carreira da Petrobras durante 22 anos, antes de ingressar na ANP.

Como mostrou o Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou a Prates sua demissão do comando da estatal no fim da tarde da segunda-feira no Planalto.

A decisão, que já estava tomada há dias, foi comunicada a Prates em reunião com o ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira e o ministro da Casa Civil, Rui Costa

Costa e Silveira se aliaram contra Prates no comando da estatal. O argumento era de que o antigo presidente não estava entregando os resultados da Petrobras que eram esperados pelo governo.

O principal embate foi em torno da crise dos dividendos, a respeito do valor dos ganhos que seria distribuído aos acionistas.

Prates defendia a proposta da diretoria da empresa de distribuir aos acionistas 50% dos recursos que sobraram no caixa após o pagamento dos dividendos regulares — R$ 43,9 bilhões. Do outro lado, o grupo de Silveira e Costa defendia segurar todo o dinheiro em um fundo de reserva para melhorar as condições da empresa de obter empréstimos para investimentos. Lula arbitrou a disputa e determinou que os conselheiros indicados pela União votassem contra o pagamento. Depois, a Petrobras acabou aprovando o pagamento com o aval de Lula.