FUTEBOL INTERNACIONAL

Justiça apreende ações da 777 no Standard Liège, diz TV

Em meio a acusações nos Estados Unidos, empresa foi afastada do comando da SAF do Vasco no Brasil

Standard Liège em campo contra o K Sint-Truiden VV, em abril - Bruno Fahy / Belga / AFP

Enquanto Vasco e 777 Partners vivem momento turbulento no Brasil, com afastamento da empresa do comando da SAF cruz-maltina após decisão liminar, a empresa também enfrenta problemas nos tribunais da Bélgica. Segundo a emissora RTBF, que vem acompanhando de perto a crise no Standard Liége, propriedade da 777, a Justiça local confiscou as ações da empresa no clube.

A decisão vem após processo movido por sócios e pelo antigo proprietário do clube, Bruno Venanzi. Nas ações, as duas partes questionam atraso no pagamento aos acionistas de uma parcela de cerca de 3,5 milhões de euros (R$ 19 milhões) vencida em 15 de abril; e da mesma quantia ao ex-dono, justamente pela venda do clube, vencida em 20 de abril. Uma das quantias seria para pagamento do Estádio de Sclessin, casa do Liège.

Segundo a RTBF, estão confiscadas também as propriedades da empresa na Bélgica. Pagamentos a jogadores e funcionários estão autorizados, mas movimentações do clube à 777 estão vetadas.

A emissora ainda dá conta que entre as opções para o futuro do Liège estão a venda do clube e do estádio, o retorno de Venanzi como sócio majoritário e até o cancelamento do contrato de venda do clube. As dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa nos Estados Unidos, onde foi acusada judicialmente de fraude contábil pelo fundo inglês Leadenhall Capital Partners, também pesam na Bélgica.

A 777 Partners tem 99,7% das ações do clube belga. Na última temporada, o Liège sofreu com transfer bans por atrasos em pagamentos. O clube terminou em 10º no campeonato nacional.