mercado de trabalho

Desemprego cresce em oito estados e só cai em um no primeiro trimestre, aponta IBGE

Indicador a nível nacional subiu de 7,4% no quarto trimestre de 2023 para 7,9% no primeiro tri deste ano. Rendimento média cresceu apenas no Sul, enquanto as demais tiveram estabilidade

Carteira de trabalho - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego cresceu em oito estados no primeiro trimestre deste ano e só apresentou retração em um deles: no Amapá, onde houve queda de 14,2% para 10,9%. Houve aumento da taxa no Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

É o que apontam os dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira. O indicador a nível nacional subiu de 7,4% para 7,9% na passagem do quarto trimestre de 2023 para o primeiro trimestre de 2024.

O aumento do desemprego no primeiro trimestre é um movimento já esperado e conhecido pelos economistas. Isso porque o início do ano é caracterizado redução da população ocupada e aumento do número de pessoas buscando trabalho.

— É um movimento que, ao longo da nossa série, a gente verifica. Seja por processo de dispensa no comércio ou em alguns serviços. Vimos isso este ano nos serviços domésticos e no setor público, com dispensa dos trabalhadores do segmento da educação sem vínculo formal que, via prefeituras, voltam a ser contratados com o retorno das aulas em março — explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE.

Desemprego por estado, no primeiro trimestre de 2024:

Acre: 8,9%, alta de 2 p.p. Bahia: 14%, alta de 1,4 p.p. Maranhão: 13%, alta de 1,3 p.p. Mato Grosso do Sul: 5%, alta de 1 p.p. Minas Gerais: 6,3%, alta de 0,6 p.p. Santa Catarina: 3,8%, alta de 0,6 p.p. Rio Grande do Sul: 5,8%, alta de 0,6 p.p. São Paulo: 7,4%, alta de 0,5 p.p. Pernambuco: 12,4%, estabilidade Rio de Janeiro: 10,3%, estabilidade Piauí: 10%, estabilidade Sergipe: 10%, estabilidade Paraíba: 9,9%, estabilidade Alagoas: 9,9%, estabilidade Amazonas: 9,8%, estabilidade Rio Grande do Norte: 9,6%, estabilidade Distrito Federal: 9,5%, estabilidade Ceará: 8,6%, estabilidade Pará: 8,5%, estabilidade Roraima: 7,6%, estabilidade Tocantins: 6,0%, estabilidade Espírito Santo: 5,9%, estabilidade Paraná: 4,8%, estabilidade Rondônia: 3,7%, estabilidade Mato Grosso: 3,7%, estabilidade Amapá: 10,9%, queda de 3,4 p.p.

As maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (14%), Maranhão (13%) e Pernambuco (11,9%). Já as menores foram observadas em Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).

— A maior parte dos estados mostrou tendência de crescimento, embora apenas oito com crescimento estatisticamente significativo — diz Adriana.