Reconstrução

Prefeito de Canoas diz que reconstrução de prédios públicos demanda mais de R$ 200 milhões

Jairo Jorge revelou que teve uma conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para relatar as necessidades da prefeitura de Canoas, assim como dos empreendedores da cidade

Vista aérea de um parque de diversões inundado em Canoas, município ao norte de Porto Alegre - Nelson Almeida/AFP

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), estimou que a cidade gaúcha precisará investir mais de R$ 200 milhões para a reconstrução dos prédios públicos destruídos pelas chuvas. "Perdemos 41 escolas, nosso pronto-socorro e três UPAs. Só para a reconstrução dos prédios públicos, precisaremos de mais de R$ 200 milhões", disse, em entrevista à CNN Brasil.

Jorge também relatou que 40% do parque industrial de Canoas foi atingido pelas chuvas e citou a perda de receita própria como outro desafio para a gestão municipal, em função da queda na arrecadação de impostos, como o repasse do ICMS, tributo com o qual a prefeitura estima perdas de ao menos R$ 170 milhões. "Perdemos 80% da receita própria. Precisamos gastar mais e estamos reduzindo a arrecadação", disse.

O prefeito de Canoas revelou que teve uma conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para relatar as necessidades da prefeitura de Canoas, assim como dos empreendedores da cidade. "Conversei com o ministro Haddad hoje pela manhã e falei da situação do parque industrial e da minha preocupação com os pequenos empreendedores. O governo deve ajudá-los", disse,

Ele também declarou que a prefeitura solicitou, inicialmente, R$ 53 milhões do governo federal para auxiliar na reconstrução da cidade. "Ainda não chegou, mas a expectativa é de que chegue", afirmou. "Conversamos com o ministro Paulo Pimenta secretário extraordinário para a reconstrução do Rio Grande do Sul e recebemos essa indicação", disse.

De acordo com o prefeito de Canoas, a limpeza da cidade demandará R$ 90 milhões. O prefeito também estimou gastos de R$ 17 milhões a R$ 18 milhões para reconstrução de diques e outros R$ 6,5 milhões para a colocação de bombas.