Yellen pede ao G7 destinar ativos russos imobilizados para ajudar a Ucrânia
O plano americano servirá de base para as discussões do G7, segundo confirmou à AFP uma fonte do Tesouro italiano
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, considera "vital e urgente" encontrar uma forma de utilizar os ativos russos congelados em países ocidentais para ajudar a Ucrânia, um tema que estará no foco da reunião de Finanças do G7 esta semana.
"É vital e urgente que encontremos coletivamente uma maneira de liberar o valor dos ativos soberanos russos imobilizados em nossas jurisdições em benefício da Ucrânia", dirá Yellen na terça-feira em Frankfurt, Alemanha, segundo trechos de seu discurso publicados nesta segunda-feira (20).
"Este será um tema-chave de conversa nas reuniões do G7 desta semana", acrescentará.
Os ministros das Finanças do G7, que se reúnem a partir desta quinta-feira em Stresa (Itália), vão debater um plano dos Estados Unidos que pode render para a Ucrânia até 50 bilhões de dólares (R$ 255 bilhões) em empréstimos garantidos por ativos russos, noticiou hoje o Financial Times.
O plano americano servirá de base para as discussões do G7, segundo confirmou à AFP uma fonte do Tesouro italiano.
Para a Itália, que ocupa a presidência do G7 este ano, a proposta é um "caminho interessante a se seguir" e deve ser explorado mais a fundo.
Qualquer decisão, no entanto, necessita do apoio da União Europeia (UE), de uma base legal sólida e só será anunciada quando os líderes do G7 se reunirem em junho, disse a fonte.
"Se ficarmos parados enquanto os ditadores violam a integridade territorial e desprezam a ordem internacional baseada em regras, eles não terão razão para ficarem restritos a seus objetivos iniciais", dirá Yellen, segundo um trecho do discurso.