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Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Polishop

Dívidas ficam congeladas por 180 dias e empresa deve apresentar, em 60 dias, plano de reestruturação e pagamento dos credores

Polishop entra com pedido de recuperação judicial após não chegar a acordo com credores - Reprodução

A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou nesta segunda-feira (20) o pedido de recuperação da Polishop, feito no último dia 17, sob a alegação de dívidas estimadas em R$ 395,6 milhões.

Com a decisão, ficam suspensas por 180 dias as execuções, arrestos e penhoras, ficando a empresa responsável por preparar um plano de reestruturação e pagamento dos credores a ser apresentado em 60 dias.

A rede foi fundada pelo empresário João Appolinário em 1999. Nos últimos dois anos foram fechadas 210 lojas, com a demissão de 2 mil funcionários. Atualmente, a Polishop tem 49 lojas em shoppings centers e quase 500 colaboradores.

No mês passado, em entrevista à coluna Capital, do GLOBO, Appolinário mencionou que a empresa ainda estava lidando com problemas decorrentes da pandemia, fora o encolhimento na concessão de financiamento para o varejo depois da crise da Americanas. No entanto, demonstrou confiança na recuperação da empresa.

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— Talvez meu erro tenha sido preservar as nossas lojas e empregos por tanto tempo. Mas me comprometi a não demitir na pandemia. E achei que os shoppings voltariam mais rápido. Não voltaram e os alugueis subiram 64% pelo IGPM desde 2019. A conta ficou insustentável — disse.

A empresa, que cresceu fazendo ofertas em canais de televisão, também vinha tentando aumentar a rentabilidade com produtos de marca própria.