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Liminar impede investimentos na Vasco SAF, diz recurso da 777 Carioca

Clube atrasou direito de imagem de atletas previsto para esta semana

Estádio de São Januário - Daniel Ramalho/Vasco/Direitos Reservados

A 777 Carioca recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) contra liminar que a afastou da Vasco SAF, responsável pelo futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama (CRVG). A decisão, que se apoia na preocupação com a possibilidade de a empresa não efetuar um aporte de R$ 270 milhões em setembro de 2024, foi contestada pela empresa.

A 777 Carioca afirma que está em dia com as suas obrigações, inclusive financeiras, já tendo investido R$ 310 milhões na SAF, da qual possui 70%.

A equipe que representa a 777 Carioca, composta pelos escritórios Sergio Bermudes e Campos Mello, alerta no processo que a liminar pode sabotar os interesses do próprio Vasco. Ao suspender o contrato, a decisão judicial impede a transferência de recursos para a SAF. Segundo os advogados, isso tem potencial para criar um cenário de insegurança jurídica, com impactos negativos para o mercado de SAFs no Brasil, com desestímulo de investimentos estrangeiros.

Ainda de acordo com a defesa da companhia, o contrato celebrado com o Vasco possui cláusulas específicas para proteger o clube em caso de não cumprimento dos aportes financeiros. Estas garantias permitiriam ao CRVG, em caso de inadimplência, reassumir a participação acionária equivalente ao valor não investido. Por isso, a empresa considera a suspensão dos efeitos dos contratos, quatro meses antes do vencimento da próxima parcela do aporte, sem qualquer prova de que não será feito o pagamento, uma ação ilegal e arbitrária, movida apenas por interesses políticos, prejudicando funcionários, acionistas, atletas e torcedores.