TECNOLOGIA

''A próxima revolução industrial começou'', afirma fundador da Nvidia após comunicar com novo lucro

Executivo comemorou parcerias com empresas de todo o mundo, impulsionando vendas na área de data centers, e previu impacto da IA em todos os setores, criando 'mercados multibilionários'

Jensen Huang, CEO da NVIDIA - Sam Yeh / AFP

No comunicado divulgado pela Nvidia, gigante dos chips mais utilizados por sistemas de inteligência artificial (IA) no fim da tarde de hoje com mais um resultado extraordinário da companhia, há declarações de Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, em que ele é categórico: “A próxima revolução industrial começou”.

O lucro da empresa saltou 628% no período no primeiro trimestre fiscal deste ano, na comparação com igual período do ano passado, atingindo um recorde de US$ 14,8 bilhões, bem acima do que previam os analistas de mercado em Wall Street. A média das projeções era de uma alta de 400%.

No primeiro trimestre, a Nvidia também bateu um novo recorde de receitas em vendas: US$ 26 bilhões, um crescimento de 18% em relação ao quarto trimestre de 2023 e 262% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O relatório da companhia destaca o aumento de 427% em termos anuais nas vendas do seu setor de data centers, que também bateu recorde: US$ 22,6 bilhões. Foi um crescimento de 23% em relação ao já muito bem-sucedido quarto trimestre de 2023.

No comunicado, Huang diz que empresas e países de todo o mundo estão firmando parcerias com a Nvdia para “mudar os data centers tradicionais de trilhões de dólares para a computação acelerada e construir um novo tipo de data center — fábricas de IA — para produzir uma nova commodity: inteligência artificial”.

Ele afirmou que o crescimento do setor de data center é impulsionado por forte e crescente demanda por treinamento de sistemas de IA na plataforma Hopper, da companhia. E também citou o Blackwell, nova linha de microprocessadores da Nvidia.

“A IA trará ganhos de produtividade significativos para quase todos os setores e ajudará as empresas a serem mais eficientes em termos de custos e energia, ao mesmo tempo que expandirá as oportunidades de receitas”, declarou Huang, acrescentando que a nova tecnologia criou “vários mercados verticais multibilionários”.

A companhia ainda surpreendeu os investidores com uma previsão para lá de otimista para o seu desempenho no segundo trimestre, puxado pela explosão de demanda provocada pelo avanço da inteligência artificial (IA) generativa.

A companhia prevê que sua receita no seu segundo trimestre fiscal alcançará US$ 28 bilhões, também acima da previsão de analistas de mercado, de US$ 26,8 bilhões.

“Estamos preparados para nossa próxima onda de crescimento”, afirmou o líder da big tech, que se tornou uma espécie de queridinha do mercado de ações nos EUA. Com a divulgação dos resultados, as ações da empresa subiram 4% nas negociações estendidas no mercado americano.