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Biden recebe presidente do Quênia em visita de Estado

Os dois países lançarão novas parcerias na saúde, especialmente na luta contra a malária e a sida, educação e transição energética

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente do Quênia, William Ruto. - Roberto Schimidt/AFP

O presidente dos EUA, Joe Biden, recebeu, nesta quinta-feira (23), o seu contraparte queniano, William Ruto, a quem considera um aliado privilegiado no continente africano, em uma visita de Estado.

“Somos mais fortes e o mundo é mais seguro quando o Quênia e os Estados Unidos trabalham juntos”, disse o presidente dos EUA, elogiando a parceria entre duas “democracias orgulhosas”, após uma cerimônia solene de boas-vindas.

“Esta visita de Estado é um sinal de amizade, parceria e cooperação entre dois países que reúnem os valores de liberdade, democracia, justiça, igualdade e inclusão”, respondeu Ruto.

Joe e Jill Biden deram as boas-vindas a Ruto, que chegou acompanhado de sua esposa Rachel e suas três filhas, com todas as honras: a Casa Branca foi decorada com os núcleos dos dois países, os hinos nacionais foram tocados e os militares estavam em trajes completos.

Em seguida, os dois líderes iniciaram uma reunião bilateral.
 

A conversa no Salão Oval incluirá o Haiti. Nairóbi está se preparando para enviar policiais ao país caribenho para liderar uma missão multinacional sensível e arriscada, que os Estados Unidos apoiam fortemente.

De acordo com uma autoridade da Casa Branca, o presidente democrata também pedirá formalmente ao Congresso que conceda ao Quênia o status de “aliado principal não pertencente à Otan”.

Essa é uma designação oficial que confere privilégios militares e diplomáticos a países específicos - atualmente 18 no mundo - mas sem uma garantia formal de segurança. O Quênia se tornaria o primeiro país subsaariano na lista.

Ruto também é o primeiro líder africano desde 2008 a ser homenageado com uma visita de Estado - o mais alto nível de favorecimento diplomático - a Washington.

Os EUA veem a Quênia como um símbolo dos valores da democracia e do dinamismo econômico que buscam promover no continente africano, diante das ambições chinesas e russas.

A reunião bilateral será seguida de uma coletiva de imprensa conjunta e de um jantar de gala.

Os convidados se reuniram em um grande pavilhão no gramado da Casa Branca, em torno de mesas cobertas com rosas americanas e orquídeas africanas.