Na China, novos títulos soberanos de 30 anos têm negociações voláteis após lançamento
A negociação volátil deve-se, em parte, ao fato de apenas uma pequena parcela dos títulos soberanos chineses estar disponível para investidores de varejo
Os novos títulos soberanos de 30 anos da China tiveram negociações voláteis nos dois dias após seu lançamento, com dados de compra indicando um forte apetite de pequenos investidores por ativos seguros, enquanto o país enfrenta uma crise imobiliária contínua e mercados de ações incertos. Os títulos, vendidos pelo Ministério das Finanças da China, foram disponibilizados para investidores institucionais na semana passada e começaram a ser negociados nas bolsas de valores de Xangai e Shenzhen na quarta-feira, 22.
O preço dos títulos disparou mais de 13% no primeiro minuto de negociação em Xangai, levando a uma paralisação das negociações. Quando retomadas, os preços continuaram a subir, alcançando um ganho de até 25%, impulsionados por uma série de pequenas transações, o que provocou uma segunda interrupção que durou a maior parte do dia. Antes do fechamento, duas grandes ordens de venda reduziram o preço de volta à linha de estabilidade.
A negociação volátil deve-se, em parte, ao fato de apenas uma pequena parcela dos títulos soberanos chineses estar disponível para investidores de varejo, o que significa que uma única transação pode causar uma grande movimentação de preço.
Os 40 bilhões de yuans (US$ 5,52 bilhões) em títulos soberanos especiais de 30 anos representam o primeiro lote de 1 trilhão de yuans em notas que o governo planeja emitir este ano.
Os recursos serão usados para impulsionar atividades comerciais e alcançar a ambiciosa meta de crescimento econômico de cerca de 5% para este ano.