mundo

Egito permitirá chegada de ajuda da ONU a Gaza através de passagem fronteiriça

Israel, que realiza operações militares em Rafah, assumiu o controle fronteiriço desta cidade no início de maio e, desde então, a entrada de ajuda humanitária está bloqueada por lá

Palestinos procuram sobreviventes no local de um ataque israelense no bairro de Al-Daraj, na cidade de Gaza - Omar Al-Qattaa/AFP

O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sissi, comprometeu-se com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a permitir que a ajuda da ONU chegue a Gaza através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom, disse a Casa Branca nesta sexta-feira (24).

"O presidente Biden saudou o compromisso do presidente Al Sissi de permitir a chegada da ajuda humanitária das Nações Unidas" através daquela passagem de fronteira, diz um comunicado.

"Isso permitirá salvar vidas", acrescentou. A Casa Branca sustentou que Biden está, por sua vez, "totalmente empenhado" a trabalhar pela reabertura de outra passagem crucial, a de Rafah, entre o Egito e o território palestino.
 

Israel, que realiza operações militares em Rafah, assumiu o controle fronteiriço desta cidade no início de maio e, desde então, a entrada de ajuda humanitária está bloqueada por lá.

Na tentativa de acelerar a chegada da ajuda, os Estados Unidos instalaram um píer temporário na costa de Gaza, que permitiu a entrada de 97 caminhões com ajuda humanitária desde 17 de maio, indicou nesta sexta-feira um porta-voz da ONU.

Biden e Al Sissi também discutiram "novas iniciativas destinadas a libertar imediatamente os reféns [detidos pelo movimento islamista Hamas] e, ao mesmo tempo, estabelecer um cessar-fogo imediato e duradouro" em Gaza.

A situação humanitária no território palestino continua alarmante, depois de mais de sete meses de conflito que começou em outubro, após um ataque inesperado do Hamas ao sul de Israel e a dura resposta militar do país governado por Benjamin Netanyahu em retaliação.

O Hamas mantinha 121 pessoas em cativeiro em Gaza, mas 37 delas morreram, segundo oficiais militares israelenses.

Pelo menos 35.800 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos no conflito, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.