PRTB oficializa pré-candidatura do coach Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo

Com 10 milhões de seguidores, comunicador foi colocado pelo governo federal na lista de responsáveis por divulgar mentiras sobre a tragédia que abate o Rio Grande do Sul

O PRTB oficializou o nome do coach Pablo Marçal como pré-candidato à prefeitura de São Paulo na última sexta-feira (27).

Marçal, que tem 10 milhões de seguidores no Instagram, publicou um texto em suas redes sociais em que diz representar "uma oferta de gratidão ao povo que me abraçou e me fez prosperar como nunca prosperei em outra terra", referindo-se à sua fortuna.

Na publicação, ele promete ajudar a parcela mais pobre da população, "multiplicar os recursos públicos" de São Paulo, "tratar a miséria como estado de calamidade pública" e "envolver toda a sociedade para a maior escalada de mentalidade já vista em um povo", entre outras ideias genéricas.

Perguntando à horda de seguidores "qual o seu conselho" para o projeto eleitoral, recebeu apoio massivo e também críticas. "Que você fique fora da política", comentou uma fã insatisfeita.

Marçal foi colocado pelo governo federal na lista de responsáveis por divulgar mentiras sobre a tragédia que abate o Rio Grande do Sul. O coach afirmou em vídeo que a Secretaria da Fazenda do estado gaúcho estaria barrando caminhões de doação, impedindo a distribuição de comidas e marmitas. O boato foi desmentido pelas autoridades.

Após identificar conteúdo desinformativo nas redes sociais de políticos e comunicadores, a Secretaria de Comunicação do governo Lula enviou um ofício ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com um pedido de investigação sobre possíveis "crimes" cometidos pelos autores. O documento foi encaminhado à Polícia Federal, que abriu um inquérito para o caso.

Se referendado em convenção partidária do PRTB, Marçal deve enfrentar na disputa pela prefeitura nomes como os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata (Amaral), a ex-diretora de Desestatização na gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia, Marina Helena (Novo), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).