FRAUDE

Adolescente é suspeito de ter desviado R$ 2 milhões com ''vaquinha'' para ajudar o Rio Grande do Sul

Crime foi constatado após uma investigação da Polícia Civil que cumpriu mandados de busca e apreensão contra o jovem

Operação apreendeu o material utilizado para aplicar a fraude - PC-RS/Divulgação

Um adolescente de 16 anos e que se identifica nas redes sociais como Dr. Money foi alvo de três mandados de busca e apreensão deflagrados na última sexta-feira (24), na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. 

A ação, coordenada pela Força-Tarefa Cyber durante uma nova fase da Operação Dilúvio Moral, foi realizada para constatar uma fraude que estaria sendo aplicada pelo jovem por meio de uma “vaquinha” que simulava campanhas de arrecadação de doações ao estado do RS. 

Realizada com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, a ação policial resultou na apreensão de computadores, celulares e equipamentos eletrônicos que eram utilizados para aplicar os golpes.

A apreensão foi realizada em um imóvel de luxo que era alugado pelo jovem, que é emancipado, por R$ 30 mil mensais.

Os detalhes da operação foram apresentados na manhã desta segunda-feira (27), pelos delegados envolvidos na investigação.

Segundo os agentes de segurança, a fraude foi aplicada depois da criação de uma página na internet que simulava o portal oficial do Governo do Rio Grande do Sul.

A plataforma direcionava os cidadãos para uma nova página, que simulava o site Vakinha. No portal, estava disponível uma campanha de arrecadação de doações. 

Para aumentar o alcance da fraude, a página chegou a ser impulsionada pelas redes sociais. Além disso, o layout foi alterado para mostrar que a "campanha" já teria acumulado mais de R$ 2,7 milhões. Segundo a PC-RS, no entanto, o valor era fictício.

Todo o valor doado foi repassado para uma conta indicada pelos fraudadores e que estava vinculada a uma empresa de treinamentos e serviços que tem o menor como sócio proprietário. Assim, o dinheiro era captado como lícito já que seria proveniente da “venda” de produtos ou serviços. 

Após a identificação da fraude, as páginas foram retiradas do ar, e as contas bancárias vinculadas ao CPF e aos CNPJs do investigado tiveram o saldo bloqueado.

Com a identificação do menor, a Polícia Civil também constatou que o suspeito utilizava as redes sociais para ostentar um alto padrão de vida. Agora, em posse do material apreendido, a força de segurança seguirá na investigação do caso para buscar novas provas.