Contas do Governo Central têm superávit primário de R$ 11,1 bi em abril
No ano, há superávit de R$ 30,605 bilhões
As contas do governo federal voltaram ao campo superavitário em abril. Dados do Tesouro Nacional divulgados nesta terça-feira (28) mostram que houve um superávit (despesas maiores que receitas) de R$ 11,082 bilhões no mês passado. O resultado, contudo, é o mais baixo registrado para o mês desde 2020, quando houve déficit de R$ 120,269 bilhões, conforme a série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997. Em março, as contas do governo tiveram um déficit de R$ 1,527 bilhão. Em 2023, o quarto mês do ano registrou superávit de R$ 16,212 bilhões.
O superávit do mês ficou pior do que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava um superávit primário de R$ 18,273 bilhões. Em abril, houve novo recorde da arrecadação federal de tributos, que somou R$ 228,9 bilhões - o maior montante para o mês da série iniciada em 1995.
O resultado do Governo Central foi puxado pelos números do Tesouro Nacional, que registrou superávit de R$ 41,473 bilhões. O Banco Central teve resultado negativo, de apenas R$ 123 milhões. Já a Previdência Social mostrou déficit de R$ 30,268 bilhões.
De acordo com o Ministério da Fazenda, descontada a inflação, houve um crescimento de 12,4% das despesas em abril ante igual mês de 2023. Enquanto isso, a receita líquida aumentou em 8,4%. Em relação às despesas, o principal motivo de aumento foi os gastos com benefícios previdenciários, que cresceu R$ 11,7 bilhões ante o mesmo mês de 2023.
" Em 2023, o 13º salário da previdência social foi pago nos meses de maio, junho e julho, enquanto este ano será pago em abril, maio e junho", explicou o Tesouro.
No acumulado do ano até abril, por sua vez, o resultado é positivo em R$ 30,605 bilhões. O resultado primário do governo central acumulado em 12 meses foi deficitário de R$ 253,4 bilhões, equivalente a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB), o que é bastante influenciado pelo pagamento de precatórios.