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Coalizão designa ex-chefe de Inteligência para formar governo nos Países Baixos

Schoof tem agora a tarefa de formar um governo com Van Zwol e os quatro aliados de direita na coalizão

Dick Schoof, funcionário público e ex-chefe do serviço de Inteligência - Reprodução/X

Os partidos da coalizão de direita recentemente formada nos Países Baixos designaram nesta terça-feira (28) Dick Schoof, funcionário público e ex-chefe do serviço de Inteligência, para formar um governo.

"Por recomendação e com o apoio dos dirigentes da coalizão parlamentar (...) vejo que Dick Schoof tem vontade de estar disponível como futuro primeiro-ministro", declarou Richard van Zwol, que supervisiona as negociações para a formação do governo holandês.
 

Apesar de sua vitória na eleição de novembro, o líder de extrema direita Geert Wilders renunciou à pretensão de dirigir a quinta economia europeia e, junto com os demais líderes da coalizão, pediu a Schoof, da ala esquerda do partido trabalhista, para assumir a função.

Schoof tem agora a tarefa de formar um governo com Van Zwol e os quatro aliados de direita na coalizão, que conta com uma maioria de 88 das 150 vagas na Câmara Baixa do Parlamento.

O acordo de governo foi alcançado entre quarto formações, o Partido da Liberdade(PVV), de Wilders, com uma linha hostil à imigração e ao islã, o partido agricultor BBB, o Liberal VVD e o anticorrupção Novo Contrato Social (NSC).

O novo primeiro-ministro, de 67 anos, deve formar um gabinete 50% de políticos e 50% de personalidades independentes, como concordaram os partidos da coalizão.

Segundo o programa da coalizão divulgado em meados de maio, "medidas concretas serão tomadas para aplicar diretrizes mais rígidas" na política de asilo, além da adoção de um pacote global que permita "controlar a imigração".

As partes também querem pedir "o mais breve possível" à Comissão Europeia a possibilidade de prescindir das regras comuns sobre política de asilo.

No entanto, o próprio Geert Wilders reconheceu em declarações à AFP que essa prerrogativa, da qual já desfruta outro país vizinho, a Dinamarca, "levará anos".