De Niro chama Trump de 'palhaço' em frente ao tribunal e pede votos para Biden
A inesperada manifestação de Robert De Niro ocorreu em meio a cenário barulhento de manifestantes pró-Trump e alarmes de carros
O ator Robert De Niro chamou nesta terça-feira (28) o magnata republicano Donald Trump de “palhaço” perigoso para a democracia, em um discurso em frente ao tribunal de Nova York onde o ex-presidente americano está sendo julgado.
De Niro, um veterano ativista político e crítico de Trump, disse aos repórteres que cobriam o julgamento que o ex-presidente (2017-2021) se tornará um ditador vitalício se for eleito em novembro.
"Quando Trump concorreu em 2016, foi como uma piada. Temos uma segunda chance e agora ninguém está rindo. Este é o momento de detê-lo", disse De Niro, que também chamou Trump de "tirano".
A inesperada manifestação de Robert De Niro ocorreu em meio a cenário barulhento de manifestantes pró-Trump e alarmes de carros.
O ator tem assumido um papel cada vez mais importante na campanha de reeleição do presidente dos EUA, Joe Biden, e inclusiva protagoniza uma nova propaganda televisiva do Partido Democrata.
De Niro alertou sobre uma possível vitória de Trump: “Se ele ganhar a Casa Branca, posso dizer desde já que ele nunca sairá”.
Queremos que ele governe este país e diga: 'Não vou embora? Sou um ditador vitalício'", acrescentou. “A única maneira de preservar as nossas liberdades e manter a nossa humanidade é votar em Joe Biden para presidente”, disse o famoso ator, estrela de filmes como “Taxi Driver”, “O Poderoso Chefão Parte II” e “Os Bons Companheiros”.
No âmbito do seu julgamento criminal e a menos de seis meses antes das eleições, Trump reiterou dentro da corte que o julgamento é uma ofensiva política contra ele.
O magnata acusou diversas vezes o juiz Juan Merchan de parcialidade e denunciou que as eleições de 2020 foram fraudadas.
Nesta terça começaram as alegações finais da defesa e acusação, que diz que Trump falsificou registros contábeis para encobrir pagamentos a uma ex-atriz pornô, com o objetivo de manter em segredo, durante sua campanha em 2016, um escândalo sexual que teria ocorrido 10 anos antes.
A decisão dos 12 jurados que poderá fazer de Trump o primeiro ex-presidente da história dos Estados Unidos a ser condenado criminalmente é aguardada com expectativa em todo o país.