VETOS

Randolfe ameniza derrota do governo no Congresso: ''Estava dentro da previsão''

O Legislativo barrou ontem os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionados à "saidinha" dos presos em regime semiaberto

Randolfe Rodrigues, senador - Joédson Alves/Agência Brasil

O líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quarta-feira, 29, que a derrota do Executivo na análise dos vetos pelo Legislativo era algo que "estava dentro da previsão". Segundo ele, os vetos derrubados eram relacionados à pauta de costumes, ressaltando que outros da pauta econômica e orçamentária foram aprovados.

O Legislativo barrou ontem os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionados à "saidinha" dos presos em regime semiaberto e partes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Porém, neste caso da LDO, mantiveram o calendário fixo para pagamento de emendas impositivas. Por outro lado, os vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei que substituiu a Lei de Segurança Nacional (LSN), seguiram de pé.

"Estava dentro da previsão. Isso não quer dizer que não tenham ajustes que eu acredito que tem que ser feitos", afirmou Randolfe à Globonews. Para ele, esse ajuste deve ocorrer com a sociedade. Do mesmo modo que é "visto uma audiência direta das bancadas conservadoras e mais reacionárias com o ambiente da sociedade", avalia, deve haver uma "mobilização" dos que têm identidade com a agenda do governo e "uma mobilização maior dos parlamentares" para defender esses temas no plenário do Congresso.

O senador disse ainda que a derrota teria sido grande "se o calendário de emendas que foi imposto anteriormente na LDO tivesse triunfado na sessão de ontem".

Questionado sobre uma possível saída do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Randolfe negou e ressaltou que o núcleo político - os três líderes indicados e Padilha - é de confiança do presidente Lula. "Enquanto esse núcleo político tiver a confiança do presidente da República, não há de se falar em qualquer tipo de substituição no governo", afirmou.