Uma das nordestinas do elenco, zagueira Antônia ressalta oportunidade de jogar perto de casa
A jogadora de 30 anos é natural de Pau de Ferros, no estado do Rio Grande do Norte; Marta e outras três atletas, das 26 convocadas, também são do Nordeste
Sem nenhuma pernambucana entre as 26 atletas da Seleção Brasileira feminina que vão disputar o amistoso contra a Jamaica, neste sábado, 1º de junho, na Arena de Pernambuco, o elenco convocado pelo técnico Arthur Elias conta com jogadoras representantes de estados vizinhos da Região Nordeste.
A mais lembrada das nordestinas, sem dúvidas, é Marta, que nasceu em Dois Riachos- no estado de Alagoas. Além da rainha, outras quatro atletas vão ter a oportunidade de jogar perto de casa em duas ocasiões. Depois do duelo no Recife, o Brasil encara no novamente a Jamaica no dia 4 de junho, em Salvador.
Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte estão representados pelas atletas Adriana, Rafaelle e Antônia- respectivamente. Duda Santos também nasceu no estado de Alagoas assim como Marta.
"Eu alcancei muitos sonhos que eu tinha desde pequena. Não satisfeita ainda, quero conquistar muito mais, inclusive títulos com a Seleção. Mas eu vejo uma Antônia evoluída, que não desistiu de trabalhar para poder estar entre as convocadas. Cada vez que visto essa camisa é um peso e emoção muito grande", iniciou a zagueira Antônia, natural de Pau de Ferros, no estado do Rio Grande do Norte, que ressaltou a importância de jogar perto de sua casa.
"Estar aqui no Nordeste é uma emoção diferente. Quando eu sai daqui, fui para buscar meu sonho. Hoje estou voltando já realizando ele. Para mim é uma emoção muito grande estar no Nordeste outra vez, vestindo essa camisa. Eu procuro sempre ter a minha família perto de mim. Sempre que tem amistosos no Brasil, tento trazer eles. Como agora é mais perto da minha terrinha eles vão estar todos aqui", completou.
A zagueira do Levante de 30 anos vive a expectativa de disputar sua primeira edição de Jogos Olímpicos, em Paris. Ela tem a experiência de ter disputado a Copa do Mundo de 2023, em que o Brasil acabou se complicando com a Jamaica, ainda na fase de grupos.
"Eu vejo como última oportunidade [amistosos contra a Jamaica] para o Arthur antes das Olímpiadas. Se ele tem novas ideias, é para testar agora. Para nós não vemos dificuldade alguma. Se torna mais competitivo e só mostra o quanto o Brasil vem crescendo em relação a atletas. Cada vez mais são jogadoras de alto nível. São 26 atletas onde tem uma mistura muito grande de passado, futuro e presente. Faz valorizar e melhorar para a nova geração ter contato de grandes jogadoras como Marta e Cristiane nesse ambiente".